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Fazer cocô regularmente é considerado normal e saudável para o organismo, mas de acordo com cientistas chineses, ir ao banheiro várias vezes durante o dia ou menos de três vezes por semana pode ser um indicador de problemas de saúde sérios. De acordo com especialistas da Universidade de Pequim, na China, o mais saudável é evacuar uma vez por dia. A pesquisa foi publicada na revista médica BMJ.
Segundo os cientistas, participantes com mais evacuações durante o dia apresentam maior risco de doenças isquêmicas do coração quando comparados àqueles que só vão ao banheiro uma vez ao dia, além de desenvolverem diabetes tipo 2, doenças cardíacas, pulmonares e nos rins com mais frequência. Por outro lado, indivíduos com o intestino preso corriam risco de derrame cerebral, problemas no coração e insuficiência renal.
“A frequência do movimento intestinal foi associada com riscos futuros de múltiplas doenças vasculares e não vasculares. A integração da observação dessa frequência com avaliações médicas em cuidados primários pode e deve ser considerada”, escreveram os pesquisadores na divulgação do trabalho. Em estudos prévios, cientistas já apontavam a relação de poucos movimentos intestinais com condições graves do sistema cardíaco.
O grupo analisou os hábitos intestinais de quase 500 mil pessoas sem histórico de câncer, doenças cardíacas ou derrame cerebral, entre 30 e 79 anos cadastradas em um banco de dados chinês. Os testes foram conduzidos ao longo de dez anos, examinando a relação das idas ao banheiro – e, consequentemente, dos movimentos intestinais dos participantes – com doenças que ocorrem fora do sistema digestivo.
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Também conhecido como câncer de cólon e reto ou colorretal, abrange os tumores que se iniciam na parte do intestino grosso -chamada cólon -, no reto e ânus
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De acordo com dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca), a estimativa é de que o problema tenha provocado o óbito de cerca de 20 mil pessoas no Brasil apenas em 2019
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O mês de março é dedicado à divulgação de informações sobre a doença. Se detectado precocemente, o câncer de intestino é tratável e o paciente pode ser curado
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Os principais fatores relacionados ao maior risco de desenvolver câncer do intestino são: idade igual ou acima de 50 anos, excesso de peso corporal e alimentação pobre em frutas, vegetais e fibras
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Doenças inflamatórias do intestino, como retocolite ulcerativa crônica e doença de Crohn, também aumentam o risco de câncer do intestino, bem como doenças hereditárias, como polipose adenomatosa familiar (FAP) e câncer colorretal hereditário sem polipose (HNPCC)
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Doses de café pode reduzir em 30% risco de câncer de intestino
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Os sintomas mais associados ao câncer do intestino são: sangue nas fezes, alteração do hábito intestinal, dor ou desconforto abdominal, fraqueza e anemia, perda de peso sem causa aparente, alteração das fezes e massa (tumoração) abdominal
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O diagnóstico requer biópsia (exame de pequeno pedaço de tecido retirado da lesão suspeita). A retirada da amostra é feita por meio de aparelho introduzido pelo reto (endoscópio)
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O tratamento depende principalmente do tamanho, localização e extensão do tumor. Quando a doença está espalhada, com metástases para o fígado, pulmão ou outros órgãos, as chances de cura ficam reduzidas
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A cirurgia é, em geral, o tratamento inicial, retirando a parte do intestino afetada e os gânglios linfáticos dentro do abdome. Outras etapas do tratamento incluem a radioterapia, associada ou não à quimioterapia, para diminuir a possibilidade de retorno do tumor
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A manutenção do peso corporal adequado, a prática de atividade física, assim como a alimentação saudável são fundamentais para a prevenção do câncer de intestino
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Além disso, deve-se evitar o consumo de carnes processadas (por exemplo salsicha, mortadela, linguiça, presunto, bacon, blanquet de peru, peito de peru, salame) e limitar o consumo de carnes vermelhas até 500 gramas de carne cozida por semana
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O grupo responsável pelo trabalho em questão não conseguiu explicar o porquê de os mesmos problemas serem identificados em indivíduos com trânsito intestinal acelerado, mas eles acreditam que qualquer movimento anormal no órgão já pode levar à possibilidade de doenças não diagnosticadas ou despertar alerta para riscos futuros.
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