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Acho que estou com coronavírus. O que devo fazer?

A recomendação inicial do Ministério da Saúde é ligar para o número 136 para receber as orientações

atualizado

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Hugo Barreto/Metrópoles
Mulher segurando máscara cirúrgica
1 de 1 Mulher segurando máscara cirúrgica - Foto: Hugo Barreto/Metrópoles

Com a decisão da Organização Mundial de Saúde (OMS) de decretar o coronavírus uma pandemia, a quantidade de casos suspeitos da doença deve crescer muito. Você acha que pode ser um dos infectados? Confira o que fazer:

Em primeiro lugar, sem pânico! A doença é muito contagiosa, mas segundo os dados disponíveis, a mortalidade é baixa, principalmente para pacientes jovens e bem de saúde.

Observe os sintomas. Está com febre (acima de 37,8°) acompanhada de pelo menos um sintoma respiratório (tosse, dificuldade para respirar, nariz entupido, dificuldade para engolir ou dor de garganta)? Qual o seu histórico: teve contato próximo ou mora com alguém com coronavírus confirmado? Voltou de algum país onde há circulação sustentada do vírus (alguns preferidos dos brasileiros são a Itália e os Estados Unidos) nos últimos 14 dias?

Para estes casos, o contato próximo significa ter alguma interação física (como apertar as mãos), ter encostado em secreções infecciosas (gotículas provenientes de tosse, por exemplo), estar a menos de dois metros do infectado por 15 minutos ou mais em ambiente fechado ou estar no raio de dois assentos de uma pessoa infectada em um avião.

A recomendação inicial do Ministério da Saúde é ligar para o número 136 para receber as orientações específicas caso a caso. Há também um aplicativo de celular chamado Coronavírus – SUS, disponível para iOS e Android, que dá o passo a passo em caso de suspeita de infecção.

Casos graves, de pessoas com fortes sintomas e que estão dentro do grupo de risco (idosos com outras doenças que fragilizem a saúde e pacientes imunocompetentes ou imunossuprimidos) devem ser encaminhados a um hospital de referência — em Brasília, o Hospital Regional da Asa Norte (Hran) é o centro principal.

Pacientes leves (que, segundo a pasta, correspondem a 90% dos casos) devem ser acompanhados pela atenção primária, nos postos de saúde. Provavelmente, nestes casos, as medidas de isolamento serão domiciliares. Mesmo assim, a avaliação é feita caso a caso.

Uma vez na unidade de saúde, seja hospital ou posto de saúde, pessoas que se encaixam na definição de caso terão duas amostras (aspiração de vias aéreas ou indução de escarro) recolhidas e enviadas para os laboratórios credenciados para fazer o exame que descarta ou comprova a infecção por coronavírus. Pacientes que escolhem ir a um hospital particular e possuem plano de saúde terão os custos cobertos pelo plano, de acordo com a Agência Nacional de Saúde.

Próximos passos
Se a infecção for confirmada, pacientes graves ou no grupo de risco ficarão isolados no hospital. Casos leves, em isolamento domiciliar, serão monitorados pela Secretaria de Saúde local. De acordo com uma portaria publicada pelo Ministério da Saúde nessa última quarta-feira (11/03), todas as pessoas que moram com o paciente confirmado também devem ficar em isolamento durante pelo menos 14 dias, variando de acordo com a ordem médica.

A alta do hospital ou liberação do isolamento deve ser feita pelo médico responsável pelo caso.

Para evitar contaminar e ser contaminado, as recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS) são lavar as mãos com água e sabão com frequência, usar álcool gel quando não houver acesso fácil à água, evitar tocar o rosto, cobrir a boca ao tossir com a parte interna do braço, e não com as mãos. Não compartilhar copos e talheres, evitar cumprimentar com dois beijinhos e estar em público caso esteja com sintomas da doença.

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