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Poluição aumenta risco de doenças cardíacas em paulistanos, diz estudo

Levantamento da Universidade de São Paulo (USP) analisou autópsia de moradores da capital; problema é pior entre hipertensos

atualizado

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nuvem poluição sobre a cidade
1 de 1 nuvem poluição sobre a cidade - Foto: Wikicommuns

São Paulo – Um estudo realizado por pesquisadores da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) constatou que a exposição prolongada à poluição atmosférica na cidade de São Paulo aumenta os riscos de problemas cardíacos em seus moradores.

Segundo informações publicadas pela Agência Fapesp, os pesquisadores analisaram a autópsia de 238 pessoas para entender os fatores que estavam associados ao desenvolvimento da fibrose cardíaca, uma condição clínica que leva à degeneração dos tecidos cardíacos, afetando o funcionamento do coração.

Cruzando os dados das autópsias com informações fornecidas por familiares, os pesquisadores descobriram uma relação direta entre o desenvolvimento dessa patologia e a exposição às partículas de poluição. Foi verificado que os pacientes com fibrose cardíaca tinham carbono negro, uma partícula associada à queima de combustíveis fósseis, no seu tecido pulmonar.

No artigo publicado na revista científica Science Direct, os pesquisadores explicam que a fibrose cardíaca está associada a diversos fatores, como o tabagismo, mas é a primeira vez que se consegue estabelecer a relação dessa condição com a poluição atmosférica. Eles também destacam que os efeitos negativos da poluição atingem mais os indivíduos predispostos à fibrose, como os hipertensos.

Poluição em São Paulo 

Além da relação com o desenvolvimento de problemas cardíacos, a exposição prolongada à poluição atmosférica é um fator de risco para doenças respiratórias. No início de abril, outra pesquisa feita por pesquisadores do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas e da Faculdade de Saúde Pública da USP, mostrou que a poluição se distribui de forma irregular em São Paulo.

Segundo os resultados divulgados no início de abril, a zona oeste é a região da cidade que mais concentra partículas de carbono negro. Além disso, a poluição se concentra em áreas menos arborizadas e com prédios altos.

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