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Poluição do ar aumenta risco de câncer de mama, aponta pesquisa

É a primeira vez que um estudo relaciona o risco de desenvolver câncer de mama à exposição prolongada à poluição do ar em casa e no trabalho

atualizado

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Ilustração com uma linha contínua mostra uma mulher fazendo o autoexame da mama em fundo rosa - Metrópoles
1 de 1 Ilustração com uma linha contínua mostra uma mulher fazendo o autoexame da mama em fundo rosa - Metrópoles - Foto: Getty Images

As mulheres que vivem em ambientes com altos níveis de poluição do ar correm maior risco de desenvolver câncer de mama, segundo um estudo pioneiro apresentado segunda-feira (23/10) no Congresso Europeu de Medicina Oncológica (Esmo). O evento ocorreu em Madri, na Espanha, e é considerado um dos mais importantes do mundo.

Há alguns anos, a comunidade científica vem mostrando que há associação entre a exposição prolongada à poluição do ar com vários tipos de câncer, como o de pulmão, mas esta é a primeira vez que ela é relacionada ao tumor de mama.

Câncer de mama e poluição do ar

Os cientistas do Departamento de Prevenção do Câncer e Meio Ambiente do Centre Léon Bérard, na França, compararam dados, coletados entre 1990 e 2011, de 2.984 mulheres sem histórico de câncer de mama com os de 2.419 pacientes diagnosticadas com a doença.

A médica Beatrice Fevers, coordenadora da pesquisa, observou que o risco de desenvolver câncer de mama foi 28% maior entre as residentes de locais com níveis de concentração de partículas finas de poluição maiores do que 10 μg/m3 (micropartículas/metro cúbico).

Essa quantidade não é absurda — é basicamente a diferença que se observa entre áreas rurais e centros urbanos. A União Europeia, por exemplo, tem 10 μg/m3 de partículas finas de poluição como meta até 2030 para as cidades que fazem parte do bloco. No estado de São Paulo, atualmente, concentrações de até 25 μg/m3 se enquadram em uma situação de qualidade do ar considerada boa.

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A oncologista Marcelle Lagdem, especialista em câncer de mama na Oncologia D’Or, estava na plateia durante a apresentação do trabalho. Segundo ela, os resultados tiveram uma grande repercussão entre os médicos.

“Os dados deste estudo trazem um novo olhar para se atentar aos fatores de risco da doença. Não significa que seja um fator determinante, mas pode contribuir significativamente”, afirma.

O câncer de mama é o segundo tipo mais comum entre as mulheres, atrás apenas do de pele, e o primeiro em letalidade, segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca). O desenvolvimento da doença está relacionado ao estilo de vida, fatores genéticos e ambientais modificáveis.

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