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Pesquisa: 65% acreditam que atos golpistas vão continuar em 2023

Para especialista, a “sensação de que essa história não acabou” é nítida em levantamento feito com exclusividade para o Metrópoles

atualizado

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Igo Estrela/Metrópoles
imagem colorida manifestantes bolsonaristas palacio planalto atos golpistas
1 de 1 imagem colorida manifestantes bolsonaristas palacio planalto atos golpistas - Foto: Igo Estrela/Metrópoles

A maioria dos brasileiros acredita que a onda de radicalismo que provocou os atos golpistas ocorridos em Brasília, no domingo (8/1), não terminou.

Pesquisa realizada pelo Instituto Travessia, com exclusividade para o Metrópoles, aponta que 65% dos entrevistados consideram que ações desse tipo podem voltar a ocorrer no país ainda neste ano. Apenas 19% não creem em tal hipótese.

O levantamento, feito entre os dias 12 e 13 de janeiro, com base em mil entrevistas realizadas em todo o país por telefone, traz outros dados que explicam o porquê dessa perspectiva de manutenção do problema.

Questionadas sobre o que deve acontecer com o radicalismo político no Brasil após o 8 de janeiro, 37% cravaram que ele vai piorar, 25% que permanecerá igual e 21% disseram que diminuirá (veja quadros abaixo).

Se unidos, os grupos que dizem que o radicalismo vai aumentar e os que falam que ele permanecerá igual somam 58% do total de entrevistados. No caso, um número próximo ao dos 65% que creem a continuidade da tensão na atual conjuntura. “A sensação de que essa história não acabou é evidente na pesquisa”, diz Renato Dorgan Filho, sócio e analista do Instituto Travessia.

O especialista nota que a lógica das duas respostas anteriores, que aponta para a crença na manutenção do problema, tem desdobramentos em outro ponto da enquete. Entre as pessoas ouvidas, 49% acham que a democracia saiu fortalecida do episódio no Distrito Federal. Por outro lado, 43% disseram o contrário.

No caso, os dois grupos estão em empate técnico, pois a margem de erro da pesquisa é de três pontos percentuais tanto para cima como para baixo. “Isso soa como mais um indício de que o problema não foi superado”, destaca Dorgan Filho. “Em outras condições, não seria difícil de imaginar que, após a retomada do controle da situação em Brasília, muitos acreditasse no fortalecimento da democracia.”

A pesquisa indica ainda que 80% gostariam que os responsáveis pelos atos sejam punidos com rigor. Por outro lado, 43% não consideram que isso de fato vai acontecer. Outros 41%, porém, dizem que, sim, haverá firmeza nas penalizações. Note-se que essas duas turmas (com 43% e 41%) também estão em empate técnico, por conta da margem de erro da sondagem.

O levantamento mostra também que 61% dos entrevistados concordam que as depredações e invasões das instalações do Três Poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário) podem ser definidas como atos de terrorista. Outros 31% discordaram da classificação. Já 8% não souberam ou não quiseram responder à pergunta.

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