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Elo com PCC e amigo de Deolane: quem é empresário alvo de ação da PF

Sócio de produtora de funk é um dos principais investigados pela PF por esquema de lavagem de dinheiro; operação acontece em 4 cidades de SP

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Foto colorida de homem de branco sorrindo em frente a mansão - Metrópoles
1 de 1 Foto colorida de homem de branco sorrindo em frente a mansão - Metrópoles - Foto: Reprodução/Instagram

São Paulo — O principal alvo da operação da Polícia Federal (PF) deflagrada em São Paulo nesta terça-feira (12/3) contra empresários bilionários é Rodrigo Inácio de Lima Oliveira, de 34 anos, sócio da produtora de funk GR6 Eventos. Ele é investigado por suposto envolvimento em um esquema de lavagem de dinheiro para o Primeiro Comando da Capital (PCC).

Relatórios de inteligência do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) enviados à PF e obtidos com exclusividade pelo Metrópoles indicam movimentações financeiras milionárias e suspeitas nas contas das produtoras GR6 Eventos, que possuem milhões de seguidores nas redes sociais.

A produtora de Rodrigo é mencionada em uma investigação sobre suposta lavagem de dinheiro proveniente do tráfico de drogas feito pelo PCC. Segundo a PF, a empresa foi alvo de 120 comunicações de operações suspeitas, tendo movimentado R$ 9,6 milhões em dinheiro vivo, entre 2017 e 2021. Metade desse valor girou no período de pandemia, quando os eventos públicos tiveram de ser cancelados.

Nesta terça, policiais federais cumpriram 15 mandados de busca e apreensão na capital, em Itu e Indaiatuba, no interior, e no Guarujá, litoral paulista. Foram apreendidos 47 carros de luxo, quatro jet skis, 20 relógios de luxo, sendo 12 Rolex, e R$ 642,3 mil em dinheiro vivo.

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Ostentação nas redes

Nas redes sociais, Rodrigo ostenta uma vida de luxo. Entre os itens exibidos aos seus seguidores, estão uma mansão (imagem em destaque) avaliada em R$ 7 milhões, que ele comprou em Orlando, no estado da Flórida (EUA), e uma bolsa Prada, de R$ 15 mil, que ele deu de presente de aniversário para a advogada, cantora e influenciadora digital Deolane Bezerra, em 2021.

Além da mansão e da bolsa Prada para Deolane, Rodrigo ostenta nas redes sociais viagens internacionais e de helicóptero.

Em outubro de 2021, por exemplo, ele compartilhou uma postagem feita por sua esposa, Denise Macedo de Oliveira, de 37, na qual ela escreveu: “O Uber chegou”, mostrando um helicóptero fretado pelo casal.

A aeronave buscou o casal no Fasano Boa Vista, luxuoso hotel na cidade de Porto Feliz, no interior paulista, onde a diária custa cerca de R$ 3 mil. Aproximadamente três meses depois, em janeiro de 2022, a mesma aeronave foi fotografada por Rodrigo, antes de uma viagem para Angra dos Reis, no litoral do Rio, para a gravação de um videoclipe.

Em novembro de 2021, Rodrigo e Denise foram a Lisboa, em Portugal, para comemorar o aniversário dela. No mesmo ano, entre março e abril, eles também viajaram para Dubai, nos Emirados Árabes Unidos.

O que diz a defesa

Em nota ao Metrópoles em fevereiro, os advogados José Luís Oliveira Lima e Bruno Dallari Oliveira Lima, que defendem a GR6, afirmam que desconhecem a investigação da Polícia Federal e que “a GR6 é uma das maiores empresas do ramo musical, contando com mais de 200 artistas, realizando shows no Brasil inteiro”.

“Em seus mais de 10 anos no mercado musical atuando nas áreas de entretenimento, a GR6 segue priorizando seus valores, idoneidade e honrando com as responsabilidades legais, repudiando de forma veemente qualquer ilação ao Grupo GR6”, informa a nota.

“Os bens do seu sócio, as suas viagens e os presentes que compra são provenientes dos rendimentos lícitos que recebe da sua empresa”, diz o comunicado da defesa.

Operação Lactus Actio

As equipes da Polícia Federal cumprem nesta terça-feira 15 mandados de busca e apreensão na capital e nos municípios de Guarujá, Itu e Indaiatuba. A Operação Lactus Actio tem apoio da Receita Federal e da Fazenda Municipal de São Paulo.

Além dos mandados de buscas, a Justiça determinou o bloqueio de valores em contas bancárias de pessoas físicas e jurídicas investigadas, até o limite aproximado de R$ 1 bilhão, assim como o sequestro de bens imóveis e veículos, avaliados em mais de R$ 60 milhões.

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Nas garagens dos investigados, havia uma frota de carros de luxo, como Porsche, Mercedes, Audi, além de jet ski e quadriciclo. Também foram apreendidos grande quantia em dinheiro vivo e relógios importados.

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