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Haddad: “Abrimos espaço para a redução da taxa de juros”

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que o governo federal “está fazendo a sua parte” para que os juros sejam reduzidos no país

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Vinícius Schmidt/Metrópoles
Ministro da Fazenda do governo Lula, Fernando Haddad - Metrópoles
1 de 1 Ministro da Fazenda do governo Lula, Fernando Haddad - Metrópoles - Foto: Vinícius Schmidt/Metrópoles

Às vésperas de mais uma reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta sexta-feira (28/4) que vê condições para que a autoridade monetária inicie uma redução da taxa básica de juros (Selic), hoje em 13,75% ao ano.

Haddad ressaltou que o BC é autônomo e soberano para tomar suas decisões, mas disse que os indicadores econômicos recentes do país abrem margem para a queda da Selic.

“A taxa de juros no Brasil está muito alta. É a mais alta do mundo. Há um espaço importante para a queda e isso reativa a economia porque os empresários, com acesso a crédito mais barato, voltam a investir”, disse Haddad, após uma série de reuniões no escritório do Ministério da Fazenda em São Paulo.

“Abrimos espaço para a redução da taxa de juros, que pode acontecer a qualquer momento. O BC tem autonomia para decidir, mas o governo está fazendo a sua parte”, prosseguiu o ministro, que ontem participou de um debate no Senado ao lado do presidente do BC, Roberto Campos Neto, justamente sobre juros, inflação e crescimento.

Haddad destacou o resultado do Índice de Atividade Econômica (IBC-Br) do BC, considerado uma “prévia” do Produto Interno Bruto (PIB) do país, que registrou alta de 3,2% em fevereiro deste ano, na comparação com janeiro.

O resultado do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado nesta semana pelo Ministério do Trabalho, que apontou a criação de 195 mil novas vagas com carteira assinada no país em em março, também foi comemorado pelo ministro.

“A geração de empregos pelo Caged foi o dobro da esperada pelo mercado. Tanto é que vários bancos já reavaliaram a projeção de crescimento do PIB para este ano. A maioria estava apostando em um crescimento inferior a 1% e hoje praticamente todo mercado aposta em uma taxa superior à estimada anteriormente, perto de 2%”, disse Haddad. “Nós mesmos, da Fazenda, estamos pensando em reestimar para mais a expectativa de crescimento para 2023.”

O ministro da Fazenda minimizou o aumento da taxa de desemprego, que saltou de 7,9% para 8,8% entre o último trimestre do ano passado e o primeiro trimestre deste ano.

“O importante é comparar com a mesma época do ano. No fim do ano, há uma atividade muito mais forte em função das festas. O primeiro trimestre do ano sempre tem uma queda do emprego. Na comparação com o ano passado, a taxa está bem menor”, ponderou. “Mas pode ser ainda melhor se continuarmos a fazer os ajustes necessários para que a taxa de juros caia no Brasil.”

Questionado sobre sua expectativa para a reunião do Copom, que acontecerá nos dias 2 e 3 de maio, Haddad afirmou que sempre tenta manter o otimismo em relação à economia brasileira.

“O BC é uma autarquia independente, tem o seu modus operandi. Mas nós temos feito um trabalho que vai na direção correta de abrir espaço para uma redução. A sinalização do ciclo que tem de ser iniciado é o mais importante”, concluiu.

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