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Russos e ucranianos reclamam de negociação estagnada para cessar-fogo

A delegação ucraniana acusa a Rússia não quer ceder em demandas. Os russos dizem que os adversários se prendem a questões “secundárias”

atualizado

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Civil sobe escadaria com sua bicicleta na cidade de Mariupol, Ucrânia, fortemente atingida por ataques russos, evacuado pelo corredor humanitário. O cenário da área residencial é de destruição - Metrópoles
1 de 1 Civil sobe escadaria com sua bicicleta na cidade de Mariupol, Ucrânia, fortemente atingida por ataques russos, evacuado pelo corredor humanitário. O cenário da área residencial é de destruição - Metrópoles - Foto: null

Representantes dos governos russo e ucraniano reclamam da estagnação na negociação do acordo de cessar-fogo. Nesta sexta-feira (25/3), negociadores dos dois países fizeram queixas públicas sobre a situação.

O ministro de Relações Exteriores da Ucrânia, Dmytro Kuleba, afirma que não houve avanço esta semana e que as estão “muito difíceis”. O negociador russo, Vladimir Medinsky, admitiu que as conversas não estão fluindo.

Segundo Kuleba, a delegação russa não quer ceder em demandas como um cessar-fogo e a integridade territorial da Ucrânia. Medingsky, segundo a agência russa de notícias Interfax, disse que os debatedores estão conseguindo destravar questões “secundárias”, mas não conseguem encontrar uma posição comum nas questões principais.

Um dia após receber severas críticas de órgãos internacionais e dos Estados Unidos, o presidente russo, Vladimir Putin, mostrou disposição em continuar a guerra na Ucrânia. Mesmo isolado economicamente, o chefe do Kremlin minimizou a influência do Ocidente na sociedade russa.

Nesta sexta-feira (25/3), em comunicado oficial, o Ministério da Defesa russo confirmou que planeja “duas opções” para a investida militar em Donbass, região separatista pró-Rússia.

“O exército não descarta a possibilidade de atacar cidades ucranianas bloqueadas”, explica o ministério. As informações foram divulgadas pela agência de notícias russa Interfax.

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O Ministério da Defesa da Rússia confirmou que os principais objetivos da “primeira fase da operação especial” na Ucrânia foram concluídos.

Antes, Putin acusou o Ocidente de tentar “cancelar” a cultura russa. “Estão tentando cancelar toda uma cultura de mil anos, nosso povo”, reclamou.

O presidente russo afirmou que existe uma “discriminação progressiva contra a Rússia” ao minimizar o efeito das sanções econômicas e um possível exclusão do G20.

A Polônia sugeriu que a Rússia seja excluída do G20, o grupo que reúne as 19 maiores economias do mundo e a União Europeia. A medida foi apoiada pelos Estados Unidos.

Biden na Polônia

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, fez um discurso reflexivo aos soldados americanos que integram a  Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan). Na Polônia, o chefe da Casa Branca defendeu a democracia e condenou o que chamou de “massacre” na Ucrânia.

Nesta sexta-feira (25/3), Biden falou que o mundo vive uma luta entre a democracia e a autocracia. “Os autocratas não querem um consenso”, declarou.

O líder norte-americano ponderou que daqui a 10 anos “estaremos diferentes” e que devemos fazer uma escolha. “As democracias vão prevalecer ou as autocracias vão prevalecer?”, frisou.

Biden fez duras críticas ao conflito no Leste Europeu e reafirmou a necessidade de “liberdade”. “É um momento perigoso há pessoas sofrendo na Ucrânia”, concluiu.

O presidente demonstrou otimismo na resolução do conflito. “Vivemos um momento de virada”, resumiu.

A visita à Polônia ocorre após a participação do norte-americano na reunião emergencial da Otan nessa quinta-feira (24/3) — exatamente um mês após o início da invasão russa. Biden está em Rzeszow, cidade fronteiriça com a Ucrânia.

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