Rússia decide bloquear acesso ao Facebook no país
Roskomnadzor, a agência reguladora de mídia russa, também bloqueou sites de veículos internacionais de notícias
atualizado
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A agência reguladora de mídia russa Roskomnadzor decidiu, nesta sexta-feira (4/3), bloquear a rede social Facebook na Rússia, em resposta à restrição de acesso a veículos de comunicação daquele país em outras partes do mundo.
Segundo a agência de notícia estatal russa RIA Novosti, o Roskomnadzor afirma que, desde outubro de 2020, foram registrados 26 casos de discriminação contra a mídia russa pela rede social.
“Nos últimos dias, a rede social limitou o acesso a contas: o canal de TV Zvezda, a agência de notícias RIA Novosti, Sputnik, Russia Today, os recursos de informação Lenta.ru e Gazeta.ru”, diz o relatório da agência reguladora.
Anteriormente, o gabinete do Procurador-Geral russo, em acordo com o Ministério das Relações Exteriores, reconheceu o Facebook como envolvido na violação dos direitos e liberdades dos cidadãos russos devido à restrição de contas oficiais da mídia russa.
Roskomnadzor também decidiu bloquear o acesso a sites de veículos internacionais na Rússia. Entre eles, o da britânica BBC e da alemã Deutsche Welle. A agência reguladora já havia bloqueado os sites da estação de rádio Echo of Moscow e da TV Rain.
Guerra na Ucrânia
A Rússia invadiu a Ucrânia no último dia 24 de fevereiro, em meio a uma possível adesão ucraniana à Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), aliança militar liderada pelos Estados Unidos. Na prática, Moscou vê essa possível adesão como uma ameaça à sua segurança.
Contudo, como justificativa, Putin ordenou a ocupação das regiões separatistas de Donbass, no leste ucraniano. Em pronunciamento, o líder russo fez ameaças e disse que quem tentar interferir no conflito sofrerá consequências nunca vistas na história.
Nesta sexta-feira, o conflito completa nove dias. Russos sitiaram Kiev e tentam tomar o poder. Hospitais, orfanatos, prédios residenciais, além de escolas e creches já foram alvos de bombardeios na Ucrânia. Kharkiv, a segunda maior cidade ucraniana e próxima à fronteira com a Rússia, também se tornou alvo.
Estados Unidos e países europeus anunciaram o envio de ajuda estrutural de armas e dinheiro para a Ucrânia, que resiste. Belarus, uma das maiores aliadas da Rússia, entrou no foco da comunidade internacional. O país teria feito ataques à Ucrânia e cedido a fronteira para a invasão russa.
A batalha chegou à cúpula da Organização das Nações Unidas (ONU) e ao Tribunal Penal Internacional, em Haia.