metropoles.com

Hospital, orfanato, prédios e escola: veja alvos de mísseis russos

Governo ucraniano e seus aliados têm denunciado que a Rússia usa cada vez mais a força contra os civis

atualizado

Compartilhar notícia

Aytac Unal/Agência Anadolu via Getty Images
Uma visão do edifício danificado em Kiev, que foi atingido por um recente bombardeio durante a intervenção militar da Rússia na Ucrânia, em 26 de fevereiro de 2022. Sirenes soaram na capital ucraniana na manhã de sábado, após relatos de tropas russas em confronto com Forças ucranianas nas ruas de Kiev durante a noite
1 de 1 Uma visão do edifício danificado em Kiev, que foi atingido por um recente bombardeio durante a intervenção militar da Rússia na Ucrânia, em 26 de fevereiro de 2022. Sirenes soaram na capital ucraniana na manhã de sábado, após relatos de tropas russas em confronto com Forças ucranianas nas ruas de Kiev durante a noite - Foto: Aytac Unal/Agência Anadolu via Getty Images

Em três dias de confrontos, a escalada da violência de tropas russas contra os ucranianos ultrapassou bases militares e atingiu o cotidiano do país. Antes o que estava restrito a disputa de discursos político-diplomáticos e bombardeios em campos de batalhas, passou a afetar hospitais, orfanatos, prédios residenciais, além de escolas e creches.

O governo ucraniano e seus aliados têm denunciado que a Rússia usa cada vez mais a força contra os civis. Por outro lado, o Kremlin nega veementemente esse tipo de ataque.

13 imagens
A confusão, no entanto, não vem de hoje. Além da disputa por influência econômica e geopolítica, contexto histórico que se relaciona ao século 19 pode explicar o conflito
A localização estratégica da Ucrânia, entre a Rússia e a parte oriental da Europa, tem servido como uma zona de segurança para a antiga URSS por anos. Por isso, os russos consideram fundamental manter influência sobre o país vizinho, para evitar avanços de possíveis adversários nesse local
Isso porque o grande território ucraniano impede que investidas militares sejam bem-sucedidas contra a capital russa. Uma Ucrânia aliada à Rússia deixa possíveis inimigos vindos da Europa a mais de 1,5 mil km de Moscou. Uma Ucrânia adversária, contudo, diminui a distância para pouco mais de 600 km
Percebendo o interesse da Ucrânia em integrar a Otan, que é liderada pelos Estados Unidos, e fazer parte da União Europeia, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, ameaçou atacar o país, caso os ucranianos não desistissem da ideia
Uma das exigências de Putin, portanto, é que o Ocidente garanta que a Ucrânia não se junte à organização liderada pelos Estados Unidos. Para os russos, a presença e o apoio da Otan aos ucranianos constituem ameaças à segurança do país
1 de 13

A relação conturbada entre Rússia e Ucrânia, que desencadeou conflito armado, tem deixado o mundo em alerta para uma possível grande guerra

Anastasia Vlasova/Getty Images
2 de 13

A confusão, no entanto, não vem de hoje. Além da disputa por influência econômica e geopolítica, contexto histórico que se relaciona ao século 19 pode explicar o conflito

Agustavop/ Getty Images
3 de 13

A localização estratégica da Ucrânia, entre a Rússia e a parte oriental da Europa, tem servido como uma zona de segurança para a antiga URSS por anos. Por isso, os russos consideram fundamental manter influência sobre o país vizinho, para evitar avanços de possíveis adversários nesse local

Pawel.gaul/ Getty Images
4 de 13

Isso porque o grande território ucraniano impede que investidas militares sejam bem-sucedidas contra a capital russa. Uma Ucrânia aliada à Rússia deixa possíveis inimigos vindos da Europa a mais de 1,5 mil km de Moscou. Uma Ucrânia adversária, contudo, diminui a distância para pouco mais de 600 km

Getty Images
5 de 13

Percebendo o interesse da Ucrânia em integrar a Otan, que é liderada pelos Estados Unidos, e fazer parte da União Europeia, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, ameaçou atacar o país, caso os ucranianos não desistissem da ideia

Andre Borges/Esp. Metrópoles
6 de 13

Uma das exigências de Putin, portanto, é que o Ocidente garanta que a Ucrânia não se junte à organização liderada pelos Estados Unidos. Para os russos, a presença e o apoio da Otan aos ucranianos constituem ameaças à segurança do país

Poca/Getty Images
7 de 13

A Rússia iniciou um treinamento militar junto à aliada Belarus, que faz fronteira com a Ucrânia, e invadiu o território ucraniano em 24 de fevereiro

Kutay Tanir/Getty Images
8 de 13

Por outro lado, a Otan, composta por 30 países, reforçou a presença no Leste Europeu e colocou instalações militares em alerta

OTAN/Divulgação
9 de 13

Apesar de ter ganhado os holofotes nas últimas semanas, o novo capítulo do impasse entre as duas nações foi reiniciado no fim de 2021, quando Putin posicionou 100 mil militares na fronteira com a Ucrânia. Os dois países, que no passado fizeram parte da União Soviética, têm velha disputa por território

AFP
10 de 13

Além disso, para o governo ucraniano, o conflito é uma espécie de continuação da invasão russa à península da Crimeia, que ocorreu em 2014 e causou mais de 10 mil mortes. Na época, Moscou aproveitou uma crise política no país vizinho e a forte presença de russos na região para incorporá-la a seu território

Elena Aleksandrovna Ermakova/ Getty Images
11 de 13

Desde então, os ucranianos acusam os russos de usar táticas de guerra híbrida para desestabilizar constantemente o país e financiar grupos separatistas que atentam contra a soberania do Estado

Will & Deni McIntyre/ Getty Images
12 de 13

O conflito, iniciado em 24 de fevereiro, já impacta economicamente o mundo inteiro. Na Europa Ocidental, por exemplo, países temem a interrupção do fornecimento de gás natural, que é fundamental para vários deles

Vostok/ Getty Images
13 de 13

Embora o Brasil não tenha laços econômicos tão relevantes com as duas nações, pode ser afetado pela provável disparada no preço do petróleo

Vinícius Schmidt/Metrópoles

A Rússia e a Ucrânia vivem um embate por causa da possível adesão ucraniana à Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), aliança militar liderada pelos Estados Unidos. Na prática, Moscou vê o possível ingresso como uma ameaça à sua segurança.]

Um edifício em Kiev, capital e centro do poder da Ucrânia, foi atingido por um míssil, na manhã deste sábado (26/2) — foto em destaque. É o terceiro dia de conflitos militares.

Bombeiros ainda tentam controlar as chamas e resgatam civis de dentro da estrutura. O Ministério do Interior ucraniano afirma que há 35 feridos, mas ninguém morreu.

Veja os vídeos:

Durante a madrugada, explosões ocorreram em uma área próxima ao centro de distribuição de energia de Kiev. Seria uma tentativa russa de deixar Kiev sem eletricidade.

A embaixadora da Ucrânia nos Estados Unidos, Oksana Markarova, disse, na sexta-feira (25/2), que os bombardeios russos atingiram um orfanato com 50 crianças, mas não deixaram vítimas.

Também na sexta-feira, uma escola foi bombardeada. Dois professores foram mortos no ataque.

Hospital e ambulância

Segundo o ministro da Saúde da Ucrânia, Viktor Liashko, as tropas russas abriram fogo contra ambulâncias nas cidades de Chernihiv e Zaporijchia, a 514 km da capital Kiev.

O ministro também acusou os russos de dispararem contra um hospital psiquiátrico em Chernihiv, cidade que foi alvo de lançadores de foguetes na última quinta-feira (24/2), quando os bombardeios começaram.

Horror em Kiev

O bombardeio russo começou na quinta-feira (24/2). Em três dias, ao menos 198 pessoas morreram nos confrontos, segundo o governo ucraniano. Outras 1.115 ficaram feridas. Russos sitiaram a cidade e tentam tomar o poder.

O prefeito da cidade de Kiev, Vitaly Klitschko, ampliou o toque de recolher — agora a restrição é das 17h às 8h. A orientação é que as pessoas fiquem em casa. A população foi orientada a montar coquetéis molotov e 18 mil fuzis foram distribuídos a civis.

República Tcheca, Polônia, França, Estados Unidos e Holanda concordaram em enviar ajuda estrutural de armas e dinheiro, apesar de não ordenarem apoio militar para os confrontos.

Compartilhar notícia

Quais assuntos você deseja receber?

sino

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

sino

Mais opções no Google Chrome

2.

sino

Configurações

3.

Configurações do site

4.

sino

Notificações

5.

sino

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?