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Hospital, orfanato, prédios e escola: veja alvos de mísseis russos

Governo ucraniano e seus aliados têm denunciado que a Rússia usa cada vez mais a força contra os civis

atualizado

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Aytac Unal/Agência Anadolu via Getty Images
Uma visão do edifício danificado em Kiev, que foi atingido por um recente bombardeio durante a intervenção militar da Rússia na Ucrânia, em 26 de fevereiro de 2022. Sirenes soaram na capital ucraniana na manhã de sábado, após relatos de tropas russas em confronto com Forças ucranianas nas ruas de Kiev durante a noite
1 de 1 Uma visão do edifício danificado em Kiev, que foi atingido por um recente bombardeio durante a intervenção militar da Rússia na Ucrânia, em 26 de fevereiro de 2022. Sirenes soaram na capital ucraniana na manhã de sábado, após relatos de tropas russas em confronto com Forças ucranianas nas ruas de Kiev durante a noite - Foto: Aytac Unal/Agência Anadolu via Getty Images

Em três dias de confrontos, a escalada da violência de tropas russas contra os ucranianos ultrapassou bases militares e atingiu o cotidiano do país. Antes o que estava restrito a disputa de discursos político-diplomáticos e bombardeios em campos de batalhas, passou a afetar hospitais, orfanatos, prédios residenciais, além de escolas e creches.

O governo ucraniano e seus aliados têm denunciado que a Rússia usa cada vez mais a força contra os civis. Por outro lado, o Kremlin nega veementemente esse tipo de ataque.

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A Rússia e a Ucrânia vivem um embate por causa da possível adesão ucraniana à Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), aliança militar liderada pelos Estados Unidos. Na prática, Moscou vê o possível ingresso como uma ameaça à sua segurança.]

Um edifício em Kiev, capital e centro do poder da Ucrânia, foi atingido por um míssil, na manhã deste sábado (26/2) — foto em destaque. É o terceiro dia de conflitos militares.

Bombeiros ainda tentam controlar as chamas e resgatam civis de dentro da estrutura. O Ministério do Interior ucraniano afirma que há 35 feridos, mas ninguém morreu.

Veja os vídeos:

Durante a madrugada, explosões ocorreram em uma área próxima ao centro de distribuição de energia de Kiev. Seria uma tentativa russa de deixar Kiev sem eletricidade.

A embaixadora da Ucrânia nos Estados Unidos, Oksana Markarova, disse, na sexta-feira (25/2), que os bombardeios russos atingiram um orfanato com 50 crianças, mas não deixaram vítimas.

Também na sexta-feira, uma escola foi bombardeada. Dois professores foram mortos no ataque.

Hospital e ambulância

Segundo o ministro da Saúde da Ucrânia, Viktor Liashko, as tropas russas abriram fogo contra ambulâncias nas cidades de Chernihiv e Zaporijchia, a 514 km da capital Kiev.

O ministro também acusou os russos de dispararem contra um hospital psiquiátrico em Chernihiv, cidade que foi alvo de lançadores de foguetes na última quinta-feira (24/2), quando os bombardeios começaram.

Horror em Kiev

O bombardeio russo começou na quinta-feira (24/2). Em três dias, ao menos 198 pessoas morreram nos confrontos, segundo o governo ucraniano. Outras 1.115 ficaram feridas. Russos sitiaram a cidade e tentam tomar o poder.

O prefeito da cidade de Kiev, Vitaly Klitschko, ampliou o toque de recolher — agora a restrição é das 17h às 8h. A orientação é que as pessoas fiquem em casa. A população foi orientada a montar coquetéis molotov e 18 mil fuzis foram distribuídos a civis.

República Tcheca, Polônia, França, Estados Unidos e Holanda concordaram em enviar ajuda estrutural de armas e dinheiro, apesar de não ordenarem apoio militar para os confrontos.

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