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ONU: países condenam invasão da Ucrânia, mas Rússia veta punição

Resolução obteve número de votos suficientes para aprovação. No entanto, a Rússia, membro permanente e presidente do grupo, vetou a medida

atualizado

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Militares ucranianos fazem patrulha em ruas do país. Atrás deles, vê-se dois tanques - Metrópoles
1 de 1 Militares ucranianos fazem patrulha em ruas do país. Atrás deles, vê-se dois tanques - Metrópoles - Foto: Anastasia Vlasova/Getty Images

A Rússia foi alvo de duras críticas durante a reunião do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU). Os embaixadores fizeram apelos ao presidente russo, Vladimir Putin, para a retirada das tropas.

A entidade reuniu seus países-membros para votar uma proposta de resolução que condenaria os russos e determinaria a retirada imediata das forças militares da Ucrânia. No entanto, a medida foi vetada, apesar de ter votos suficientes para aprovação.

Eram necessários ao menos nove votos para aprovar a resolução. O texto conseguiu o apoio de 11 nações — inclusive do Brasil. Contudo, a Rússia votou contra e vetou a medida. China, Emirados Árabes Unidos e Índia se abstiveram.

O Conselho de Segurança é composto por 15 nações, sendo cinco permanentes. Por ser um dos membros permanentes, a Rússia tem poder de veto. Além disso, a nação de Putin exerce a presidência do órgão neste momento. Veja como votaram os países:

A favor da resolução:

  • Estados Unidos
  • Reino Unido
  • França
  • Noruega
  • Irlanda
  • Albânia
  • Gabão
  • México
  • Brasil
  • Gana
  • Quênia

Contra a resolução:

  • Rússia

Se abstiveram:

  • República Popular da China
  • Índia
  • Emirados Árabes Unidos

A embaixadora dos Estados Unidos na ONU, Linda Thomas-Greenfied, defendeu a penalização sumária da Rússia. Para ela, essa seria uma forma de frear o conflito armado.

“A Rússia pode vetar a resolução, mas não pode vetar as nossas vozes, nossas verdades e o povo da Ucrânia. Você não pode vetar a sua culpa”, criticou.

Antes da votação, a embaixadora do Reino Unido na ONU, Barbara Woodward, declarou que a obrigação da entidade é defender vidas e criticou os argumentos usados pelos russos para justificar a invasão. “Estão esmagando civis e pessoas estão sendo atacadas em todas as frentes”, frisou.

“Em nome da humanidade, que Putin retire as tropas. Precisamos parar a guerra”, apelou o embaixor da Albânia na ONU, Ferit Hoxha.

Ele também reclamou do veto. “Lamentamos a decisão da Rússia de vetar. Seu valor foi tomado refém ao contrário. Não é o fim dos nossos esforços. Vamos continuar a condenar essa agressão sem sentido”, finalizou.

O Brasil

O embaixador do Brasil na ONU, Ronaldo Costa Silva, condenou os ataques russos e disse que o mundo “precisa se livrar da guerra” e que “a paz e a lei internacional precisam prevalecer”.

“O Conselho de Segurança precisa agir rapidamente contra o uso da força. Precisamos criar as condições de diálogo. Temos que terminar esse conflito”, argumentou.

Costa Silva disse que o Brasil apoia a busca do “equilíbrio” e chamou de “inaceitável” a invasão do território ucraniano.

“Mantemos nossa convicção de que ameaças e força não vão levar a um acordo. A ação militar vai minar a fé na lei internacional e colocar a vida de milhares de pessoas em risco. É nosso dever perseguir a imediata suspensão das hostilidades. Renovamos nosso apelo para total fim das hostilidades para a retomada das negociações diplomáticas.”


Ao longo desta sexta-feira, Estados Unidos, Reino Unido e União Europeia aprovaram mais uma série de sanções contra a Rússia e o próprio presidente Putin.

A Ucrânia vive o segundo dia de bombardeios. Nesta sexta-feira, a capital Kiev, centro do poder, foi invadida por tropas russas. Putin recomendou que militares ucranianos deem um golpe no governo.

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Após sucessivos bombardeios, o país tenta, junto da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), negociar um cessar-fogo
Tanques militares russos e veículos blindados avançaram em Donetsk, Ucrânia, região que teve a independência russa reconhecida nos últimos dias
Autoridades de segurança ucranianas garantem que há combates em quase todo o território e que os confrontos militares são intensos. Segundo o governo ucraniano, já passam de 200 os ataques russos ao país
Os militares da Ucrânia afirmaram que destruíram quatro tanques russos em uma estrada perto da cidade de Kharkiv, no leste do país, e mataram 50 soldados dos inimigos na região de Luhansk
A imprensa russa informou que membros de uma milícia em Donetsk, uma das regiões separatistas da Ucrânia, estão prontos para apoiar a invasão
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A invasão russa da Ucrânia ocorreu na madrugada de 24 de fevereiro, horário de Brasília. Logo em seguida, as sirenes da capital Kiev começaram a tocar. O som foi o primeiro alerta de um possível ataque aéreo na região

Reprodução
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Após sucessivos bombardeios, o país tenta, junto da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), negociar um cessar-fogo

Gabinete do Presidente da Ucrânia
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Tanques militares russos e veículos blindados avançaram em Donetsk, Ucrânia, região que teve a independência russa reconhecida nos últimos dias

Foto de Stringer/Agência Anadolu via Getty Images
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Autoridades de segurança ucranianas garantem que há combates em quase todo o território e que os confrontos militares são intensos. Segundo o governo ucraniano, já passam de 200 os ataques russos ao país

Foto de Wolfgang Schwan/Agência Anadolu via Getty Images
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Os militares da Ucrânia afirmaram que destruíram quatro tanques russos em uma estrada perto da cidade de Kharkiv, no leste do país, e mataram 50 soldados dos inimigos na região de Luhansk

Foto de Oliver Dietze/picture Alliance via Getty Images
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A imprensa russa informou que membros de uma milícia em Donetsk, uma das regiões separatistas da Ucrânia, estão prontos para apoiar a invasão

Pierre Crom/Getty Images
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Segundo a agência de notícias Reuters, militares ucranianos afirmam ter abatido cinco aviões russos, além de um helicóptero, na região de Luhansk, um dos dois territórios separatistas da Ucrânia

Foto do Ministério do Interior da Ucrânia/Divulgação/Agência Anadolu via Getty Images
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Diante do ataque russo, cidadãos ucranianos deixaram as suas casas, localizadas em zonas de conflito, e recorreram aos trens

Omar Marques/Getty Images
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Pessoas também esperam ônibus em rodoviária na tentativa de deixar Kiev, capital da Ucrânia

Pierre Crom/Getty Images
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Habitantes de Kiev deixaram a cidade após ataques de mísseis pré-ofensivos das forças armadas russas e da Bielorrússia

Pierre Crom/Getty Images
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Dois soldados russos foram levados como prisioneiros pela Ucrânia após a operação militar da Rússia

Getty Images
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Estrutura ficou danificada após ataque de mísseis em Kiev

Chris McGrath/Getty Images
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Um foguete foi registrado dentro de um apartamento após bombardeio de tropas russas em Piatykhatky, Kharkiv, nordeste da Ucrânia

Future Publishing via Getty Images
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Ao redor do mundo, várias pessoas se manifestam contra o ataque russo à Ucrânia. "Pare a guerra", escreveu mulher em cartaz durante manifestação em frente ao Portão de Brandemburgo, na Alemanha

Kay Nietfeld/picture aliança via Getty Images
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A quantidade de aeronaves na base da Força Aérea dos EUA, na Alemanha, aumentou significativamente após os ataques russos à Ucrânia

Boris Roessler/picture Alliance via Getty Images

 

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