metropoles.com

Representante da Ucrânia no Brasil cobra “solidariedade” de Bolsonaro

Na segunda (28/2), Bolsonaro disse que não tem o que conversar com o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky

atualizado

Compartilhar notícia

Rafaela Felicciano/Metrópoles
Anatoliy Tkach, encarregado de negócios da embaixada da Ucrânia em Brasília, concede entrevista após invasão da Rússia na Ucrânia - Metrópoles
1 de 1 Anatoliy Tkach, encarregado de negócios da embaixada da Ucrânia em Brasília, concede entrevista após invasão da Rússia na Ucrânia - Metrópoles - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

O encarregado de negócios da Ucrânia em Brasília, Anatoliy Tkach, disse que se o presidente Jair Bolsonaro (PL) não tem assuntos a tratar com o presidente Volodymyr Zelensky, ele pode começar prestando “solidariedade”.

“Agora, os ucranianos tem mais um lugar para ir, é um gesto de hospitalidade [comentou sobre o visto humanitário anunciado por Bolsonaro]. Mas para parar a agressão, temos que fazer pressão sob o agressor, o que países já estão fazendo, para presisonar a Rússia. Acho que o Brasil poderia começar com uma palavra de solidariedade”, disse Tkach, quando foi questionado sobre a fala de Bolsonaro.

0

Pressionado a dialogar com o presidente da UcrâniaVolodymyr ZelenkyJair Bolsonaro (PL) declarou, na segunda-feira (28/2), que não tem o que conversar com o ucraniano. Dias antes do início do conflito no Leste Europeu, o presidente brasileiro fez uma visita a Moscou e disse ser solidário à Rússia.

“Alguns querem que eu converse com Zelensky, o presidente da Ucrânia. Eu, no momento, não tenho o que conversar com ele. Eu lamento, se depender de mim não teremos guerra no mundo”, disse Bolsonaro, em entrevista à Rádio Jovem Pan.

O reprentante ucraniano disse ainda que não sabe o que é imparcialidade, em uma situação em que o principal agressor já é conhecido. “Eu não sei o que é imparcialidade. Agora sabemos quem é o agressor e não está escondido. Sabemos quem é o agressor que agrediu a vítima. Não entendo que imparcialidade podemos aplicar nesta posição”, refletiu Tkach.

Durante coletiva de imprensa nesta segunda-feira (28/2), o representante ucraniano fez duras críticas ao presidente da República, principalmente sobre a gravidade dos ataques seguidos que a Rússia vem fazendo à Ucrânia e, também, acerca da profissão que o presidente Volodymyr Zelensky ocupava antes de vencer as eleições presidenciais.

“Eu penso que o presidente do Brasil está mal informado. Talvez seria interessante ele conversar com o presidente ucraniano para ver outra posição e ter outra visão, mais objetiva”, salientou Tkach, na ocasião.

“O nosso presidente é democraticamente eleito, não importa a profissão dele antes de ser eleito, agora ele é lider da nação. Ele está liderando a guerra contra o segundo maior exército do mundo”, completou o diplomata, sobre a afirmação de Bolsonaro, na qual ele debocha da ex-profissão de Zelensky.

Compartilhar notícia

Quais assuntos você deseja receber?

sino

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

sino

Mais opções no Google Chrome

2.

sino

Configurações

3.

Configurações do site

4.

sino

Notificações

5.

sino

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?

Notificações