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TJRJ nega pedido de Flordelis para suspender colocação de tornozeleira

A decisão é do desembargador Celso Ferreira Filho, da 2ª Câmara Criminal. Oficiais não conseguem intimar deputada

atualizado

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Rafaela Felicciano/Metrópoles
Flordelis
1 de 1 Flordelis - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ) negou, nessa quinta-feira (25/9), pedido de suspensão de monitoramento por tornozeleira eletrônica da deputada federal Flordelis (PSD-RJ). A decisão é do desembargador Celso Ferreira Filho, da 2ª Câmara Criminal.

Para tomar a decisão, o magistrado reforçou o fato de que a Justiça carioca não consegue intimar a parlamentar para determinar o uso do equipamento.

“Apesar das alegações defensivas que a paciente [Flordelis] não pretende furtar-se à instrução processual, não se tem qualquer evidência processual ou notícia jornalística que a ré tenha se apresentado espontaneamente para colocação do aparelho”, pontuou Ferreira.

A dificuldade em localizar a deputada seria motivo suficiente para garantir a necessidade de monitoramento de Flordelis, conforme o desembargador. “Tal comportamento recalcitrante que o monitoramento eletrônico
decretado é realmente necessário”.

Vale lembrar que, na quinta-feira (24/9), o TJRJ determinou a renovação do mandado de intimação, destacando que o cumprimento pode se dar, inclusive, fora do horário do expediente forense (de segunda a sexta-feira, das 11h às 18h).

Já houve duas tentativas para intimar a deputada. Na primeira, o oficial de Justiça foi até a casa de Flordelis, em Niterói, na terça-feira (22/9), mas ela se encontrava em Brasília. Assim, a magistrada determinou uma segunda tentativa na capital federal na quinta (24/9), porém a parlamentar havia retornado ao Rio.

A determinação para que Flordelis seja monitorada por tornozeleira eletrônica foi motivada justamente pela dificuldade em intimá-la no processo criminal e no procedimento disciplinar aberto contra ela na Câmara dos Deputados.

Além disso, a juíza alegou como argumento para determinar o monitoramento o medo de retaliação contra uma das principais testemunhas do caso.

Na terça-feira (22/9), a defesa de Flordelis recorreu da decisão classificando o monitoramento com o uso da tornozeleira como desnecessário.

A magistrada negou, na quinta (24/9), pedido de prisão domiciliar para filha e neta de Flordelis. A defesa de Simone dos Santos Rodrigues, filha biológica da deputada, argumentou que ela tem problemas de saúde e, por isso, a necessidade de ficar em casa.

Já Rayane dos Santos, que é filha de Simone e neta da parlamentar, alegou que, por ter dois filhos, principalmente um de 6 meses que depende de amamentação, ela precisa ficar em casa.

A juíza entende que os os motivos que levaram às prisões preventivas de ambas permanecem inalterados. Ela também citou as tentativas de manipulação de provas e coação de testemunhas no processo para justificar a “imprescindibilidade de manutenção do decreto prisional ao menos até a conclusão da instrução criminal”.

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