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Conselho de Direitos Humanos da ONU debaterá punição à Rússia

Brasil votou a favor de uma sessão emergencial da ONU a fim de discutir a invasão russa à Ucrânia

atualizado

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Michael M. Santiago/Getty Images
Salão da Assembleia Geral da ONU, em Nova Iorque, durante reunião emergencial sobre a guerra na Ucrânia - Metrópoles
1 de 1 Salão da Assembleia Geral da ONU, em Nova Iorque, durante reunião emergencial sobre a guerra na Ucrânia - Metrópoles - Foto: Michael M. Santiago/Getty Images

O governo brasileiro votou a favor, nesta segunda-feira (28/2), da realização de sessão de emergência do Conselho de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU) para discutir o conflito entre Rússia e Ucrânia. A sinalização favorável do Brasil responde a um pedido feito pelo próprio governo ucraniano.

Ao todo, foram 29 votos a favor, incluindo o Brasil, cinco votos contrários e 13 abstenções. Com a aprovação, a sessão ficou marcada para esta quinta-feira (3/3).

A votação ocorreu durante sessão emergencial da Assembleia Geral da ONU, em Nova York, nos Estados Unidos. O objetivo da audiência é discutir uma punição ao presidente da Rússia, Vladimir Putin.

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O país foi representado no encontro pelo embaixador brasileiro na entidade, Ronaldo Costa Filho. Durante sua participação, o chanceler não assumiu uma postura agressiva contra a Rússia, mas defendeu o fim dos conflitos.

O diplomata brasileiro defendeu a aprovação da resolução que pune a Rússia e prevê a retirada imediata das tropas russas da Ucrânia. “Lamentamos que a minuta não tenha sido aceita. O Conselho ainda não exauriu todas as alternativas diplomáticas solução”, avaliou.

Filho saiu em defesa também da Assembleia Geral da ONU de emergência “pela necessidade de dar voz para buscarmos uma solução para a crise dentro e ao redor da Ucrânia”. Segundo ele, o que está acontecendo na Ucrânia pode se alastrar pelo mundo.

“Precisamos de medidas para nos salvar da guerra. Precisamos ser cautelosos na Assembleia. Há uma série de eventos que, se não forem contidos, nos levaram ao um contexto mais grave. Essa situação não justifica o uso de força contra a soberania”, salientou.

“Nosso pedido é para os líderes reavaliarem as suas decisões de ataques cibernéticos e sanções, que podem comprometer o mundo na economia e no abastecimento alimentar. Medidas podem ser implementadas sem comprometer a todos”, defendeu Filho.

O embaixador expressou a gratidão aos países que facilitaram a saída das pessoas que fugiram do confronto, inclusive brasileiros. Ele finalizou. “Há a firme necessidade de buscar uma resolução do conflito na Ucrânia. Uma solução diplomática criará uma situação de segurança para todos os envolvidos no conflito”.

Quinto dia de ataques

A Ucrânia vive o quinto dia de ataques. Kiev, capital e coração do poder, e Kharkiv, segunda maior cidade ucraniana, estão sob forte bombardeio. Civis foram alvejados pelas tropas russas.

O secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, lamentou o momento que a Ucrânia tem vivido, com civis como alvos. “Essa situação é completamente inaceitável. Os soldados devem sair das trincheiras e os líderes buscarem a paz”, defendeu.

A Rússia e a Ucrânia vivem um embate por causa da possível adesão ucraniana à Otan, entidade militar liderada pelos Estados Unidos. Na prática, Moscou vê a possível entrada do vizinho na organização como uma ameaça à sua segurança. Os laços entre Rússia, Belarus e Ucrânia existem desde antes da criação da União Soviética (1922-1991).

Mapa regiões atacadas Ucrânia
Mapa ilustra os locais onde o país foi atacado

 

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