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“Lula Livre” foi abafado pela renúncia de Evo Morales, na Bolívia

A vida está dura para o Foro de São Paulo. Com a saída de Lula, andaram meia casa. Já a despedida de Evo faz grupo voltar seis casas

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Pedro Vilela/Getty Images
Em postagem feita nessa quinta-feira (23/7), o ex-presidente Lula criticou a postura do chefe do Governo, Jair Bolsonaro, por defender e disseminar o uso da cloroquina
1 de 1 Em postagem feita nessa quinta-feira (23/7), o ex-presidente Lula criticou a postura do chefe do Governo, Jair Bolsonaro, por defender e disseminar o uso da cloroquina - Foto: Pedro Vilela/Getty Images

Está complicada a vida do “Foro de São Paulo”, esse ectoplasma político que circula sobre a política da América Latina, ou pelo menos da sua parte sul. O “Foro” pretende colocar todos os países no continente sob o comando de “regimes socialistas”, ou coisa parecida, pelo que se pode deduzir do palavrório dos “líderes de esquerda” e das denúncias feitas por seus adversários.

Justo na hora em que o socialismo latino-americano está em plena comemoração do “Lula Livre”, achando que acaba de ser dado um passo importante rumo à vitória da causa, lá vem esse Evo Morales, uma das suas grandes esperanças, e renuncia à presidência da Bolívia – nada menos que isso. É o que há, em matéria de água no chope.

Evo, na verdade, foi escorraçado do governo porque não conseguia mandar mais em coisa nenhuma – nem na própria polícia, que entrou em motim e se recusava a reprimir os protestos de rua contra o governo.

O presidente-índio, que há anos encanta a esquerda mundial pelo fato de ser índio e que estava metido em enroladas denúncias de fraude na sua última reeleição, em outubro, resolveu atender a educada sugestão dos militares para cair fora. Glória a Deus.

Ficamos assim, então: Lula sai da cadeia, a esquerda avança meia casa; Evo sai do governo, a esquerda volta seis casas. Jogo duro.

* Este texto representa as opiniões e ideias do autor.

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