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MPC quer investigação sobre falta de remédios para quimioterapia no HBDF

Procuradoria solicitou ao conselheiro Renato Rainha que inclua denúncia revelada pelo Metrópoles na representação interna que corre no TCDF

atualizado

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Imagem colorida: enfermeira administra soro em hospital - Metrópoles
1 de 1 Imagem colorida: enfermeira administra soro em hospital - Metrópoles - Foto: Reprodução Daily Mail

O Ministério Público de Contas (MPC) solicitou ao Tribunal de Contas (TCDF) que inclua a denúncia sobre a falta de medicamentos para realizar a quimioterapia em pacientes do Hospital de Base (HBDF) na representação que corre na Corte local. A suspensão do tratamento na unidade foi revelada na última quinta-feira (22/10) pelo Metrópoles.

A denúncia ocorre em pleno Outubro Rosa, campanha nacional para conscientização sobre a importância da prevenção ao câncer de mama, um dos mais registrados no Brasil. Na peça, a procuradora Cláudia Fernanda menciona a reportagem do jornalista Saulo Araújo e pede providências ao relator do caso.

De acordo com a reportagem, os fármacos Docetazel, usados em casos de câncer de mama, de pulmão, do ovário e da próstata, por exemplo, e o Cloridrato de Doxorrubicina que, além de tratar os mencionados diagnósticos, é indicado para câncer de tireoide e de bexiga, estão com estoque zerado na unidade.

A quimioterapia é um dos recursos mais adotados por médicos oncologistas para tentar inibir os avanços da doença no organismo do paciente. Se o tratamento é interrompido ou mesmo não realizado de maneira adequada, a sua eficácia cai consideravelmente, o que aumenta o risco de a doença retornar.

“Ressalta-se que estamos no mês do ‘Outubro Rosa’, movimento popular comemorado em todo mundo que apresenta como objetivo ‘chamar a atenção, diretamente, para a realidade atual do câncer de mama e a importância do diagnóstico precoce e mais recentemente sobre o câncer de colo de útero”, reforça a representante do MPC.

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Inadimplência

A compra dos medicamentos em falta no Hospital de Base está impedida como resultado da inadimplência do Iges-DF com os fornecedores. A reportagem apurou que as faturas estão há pelo menos três meses sem pagamento, o que bloqueou novas aquisições.

Caso o atual cenário não seja revertido, há um risco iminente de desabastecimento de mais de 60% dos quimioterápicos dentro do estoque disponível no instituto que administra o HBDF.

Administrador da unidade, o Instituto de Gestão Estratégica de Saúde (Iges-DF) informou que a nova diretoria entrou em negociação com todas as empresas responsáveis pelo fornecimento dos remédios quimioterápicos.

“A nova gestão informa que está revendo todos os contratos firmados anteriormente. Os estoques serão normalizados o mais rápido possível. Todas as sessões que foram adiadas também serão retomadas”, garantiu o instituto.

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