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Após fala de Sarah, BBB21 vira disputa entre bolsominions e opositores

Brasiliense falou que simpatiza com o presidente e virou alvo de críticas nas redes. Porém, eleitores de Bolsonaro decidiram apoiar sister

atualizado

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Gshow/Metrópoles
Sarah cancelada
1 de 1 Sarah cancelada - Foto: Gshow/Metrópoles

Depois de semanas entre os favoritos ao prêmio de R$ 1,5 milhão do Big Brother Brasil, a brasiliense Sarah Andrade pode ter colocado tudo a perder ao demonstrar simpatia por Jair Bolsonaro e dividir seu fandom entre críticos e apoiadores do presidente.

“Eu gosto dele”, disse a sister, em resposta a indagação dos brothers sobre a possibilidade de ter ocorrido um impeachmant fora da casa, na madrugada dessa sexta-feira (05/03).

A fala tinha tudo para passar despercebida, não fossem os olhares atentos de uma audiência que também reflete a polarização política do país e o descontentamento de parte dos brasileiros com a condução da pandemia de Covid-19. Vale ressaltar que no mesmo dia em que fala de Sarah caiu no desgosto dos internautas, Bolsonaro fez um  pronunciamento sobre a crise de saúde que, mais uma vez, dividiu a população.

Embora a participante tivesse dito, em outra ocasião, que teve o cuidado de dar unfollow no presidente antes de entrar na casa, para evitar ser cancelada, a confirmação de que ela o seguia não para se informar, mas por, de fato, gostar dele, decepcionou o fãs. Entre eles, famosos como Fernanda Paes Leme, Marcelo Adnet, Bruno Gagliasso, Angélica Morango, Tessália Condoy e João Vicente, que até chegou a declarar um “crush” pela sister. “O amor acabou”, disse o ator nas redes.

Posicionamento político e prática

Contrariando a ideia do “diga-nos em quem votas, que lhe diremos quem és”, muitos internautas também saíram em defesa de Sarah e pontuaram que, caso o posicionamento político dos brothers fosse capaz de lhe agregar méritos, Karol e Lumena não teriam tido comportamentos tão reprováveis.

“Sério que vocês vão misturar política com BBB? As pessoas não são obrigadas a ter a mesma opinião política de vocês”, criticou uma internauta. “Se eu tivesse que ter alguma amiga nesse BBB escolhia Sarah sem pensar duas vezes. Sempre sorrindo, feliz pelos amigos! Mil vezes ela ‘bolsominion’ do que qualquer ‘#elenao’ desse elenco”, justificou outra.

Na visão de especialistas, a repercussão acerca das preferências políticas da sister, está relacionada à fusão cada vez maior da televisão e da internet.  Um fenômeno que, segundo a pesquisadora, especialista em estudos de fãs e professora da Universidade do Vale do Rio dos Sinos, no Rio Grande do Sul, Adriana Amaral, começa desde a escolha de influenciadores para compor o elenco.

“Alguns autores defendem que os dois primeiros grupos sociais que se apropriaram da lógica e da linguagem das redes sociais, desde os anos 1990, são os ativistas e os fãs. Dois grupos que aparentemente não têm nada a ver um com o outro, mas que têm”, diz. Hoje em dia, ambos estão mais próximos do que nunca. “É só lembrar os fãs de k-pop que articularam uma estratégia para esvaziar um comício de Trump nos Estados Unidos no ano passado”, pontua a pesquisadora.

Apesar de Sarah ter perdido, em menos de 24h, mais de 250 mil fãs, Adriana destaca que, seguindo a lógica da polarização na web, a sister ainda pode conquistar outros públicos. “Ela vai ter rejeição, mas vai ter pessoas que irão se identificar”, acrescenta.

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Na casa, tudo em harmonia

Embora as hashtags #ForaSarah e #TchauSarah tenham ganhado força no Twitter, dentro da casa a sister continua querida pela maioria dos participantes.

“É importante lembrar que os brothers estão distantes do que está acontecendo aqui fora. Nesse contexto, é óbvio que os conflitos identitários, raciais e ideológicos vão continuar existindo, mas as diferenças políticas tendem a serem menos relevantes. Aqui fora, nós podemos escolher nossos aliados. Dentro de um reality show como o BBB, não. Lá, eles precisam focar na convivência e nos próprios objetivos”, opina a socióloga Maiara Freitas.

Para Marcos Moraes, da MM Estratégia, empresa que agencia influenciadores, incluindo participantes do BBB21, o fato de os brothers não terem repercutido o comentário também pode ser consequência de uma orientação básica sobre gestão de imagem, que Sarah contrariou. “Recomendamos aos clientes não falarem sobre política, religião e darem opiniões controvérsias sobre sexualidade. São assuntos que costumam gerar conflito”, afirma.

Na avaliação de Marcos, é melhor ganhar fama de “isentão” do que ser cancelado. “As pessoas não respeitam a opinião e as preferências pessoais”, justifica.

“Simpatizar não é apoiar”

Em nota enviada ao Metrópoles, a assessoria de Sarah  afirmou que o cancelamento nas redes sociais “é um direito das pessoas”, além de ter comparado a situação de Sarah com o desgosto de outros participantes com Lucas Penteado, que foi excluído dentro da casa, até que pediu para sair do programa.

“O mesmo está acontecendo agora, muitos telespectadores estão cancelando a participante do programa pelo fato dela simpatizar ou não com alguém. Vale a pena destacar que simpatizar e apoiar são palavras com significados distintos.

Quanto a tudo isso, só podemos lamentar sobre a cultura do cancelamento e refletir como temos muito a melhorar como sociedade”, disse a assessoria.

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