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Vídeo: cinco prédios com risco de desabamento são evacuados no DF

Edificações ficam no Setor Oeste do Gama. Dez famílias foram retiradas do local e moradores falam em susto na manhã desta segunda-feira

atualizado

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Allane Moraes/Especial para o Metrópoles
prédio com risco de desabamento no gama
1 de 1 prédio com risco de desabamento no gama - Foto: Allane Moraes/Especial para o Metrópoles

A Defesa Civil do Distrito Federal interditou cinco prédios com risco de desabamento no Gama. As edificações ficam na Quadra 13 do Setor Oeste e passaram por vistoria na manhã desta segunda-feira (26/08/2019).

De acordo com o Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF), que também esteve no local, aproximadamente 10 famílias foram retiradas das residências por medida de segurança.

Imagens divulgadas pelos militares mostram diversas rachaduras no interior dos imóveis.

Veja:

 

Um dos prédios já havia sido interditado anteriormente pela Defesa Civil, por risco de desabar. Segundo o tenente coronel Lopes, engenheiro da Defesa Civil, as cinco edificações possuem problemas estruturais, que serão avaliados caso a caso. “Para fazer a liberação (da interdição), preciso que cada proprietário apresente o projeto estrutural e a anotação de responsabilidade técnica (ART) de execução. Aí, fazemos a avaliação e depois a liberação, dependendo de cada caso”, disse o profissional.

De acordo com Lopes, um dos cinco prédios já está interditado há três anos. “Os demais apresentaram problema. Não estou dizendo que existe uma ligação direta. Muitas vezes um prédio já tem problemas estruturais, mas algumas situações, como vazamentos, podem potencializar os riscos”, explicou. “Eles são independentes, mas todos os cinco apresentaram patologia”, completou.

Após analisar os documentos dos moradores, a Defesa Civil solicitará um escoramento completo a ser feito nas residências em que se considerar necessário. “Nós interditamos porque foi tirada a confiança na estrutura. Deve haver apenas 5% de chance de algum desabamento. Mas trabalhamos com números pequenos já por precaução”, afirmou o engenheiro. “Vamos solicitar para que coloquem peças metálicas para a sustentação. Assim, não haverá mais risco de desabamento”, acrescentou.

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Famílias

Morando há quatro meses no fundo de uma das igrejas interditadas, a cozinheira Gerlane Maria Nascimento, 36 anos, disse não saber para onde ir agora que ficou desalojada. Segundo ela, que vive com os quatro filhos e o marido no local, a família precisou sair da residência ainda às 9h desta segunda-feira e não puderam retornar “nem para comer ou usar o banheiro”.

“Desde a última quinta-feira os vizinhos estavam ligando para a Defesa Civil. Aí, vieram hoje pela manhã e já mandaram a gente sair. “Minha cabeça está doendo desde que chegaram. Não sei nem o que vou fazer”, contou. “Está tudo rachado. Da sexta para sábado, eu estava dormindo aqui e caiu um pedaço da parede em mim”, disse a cozinheira.

Dona de casa, Joana Ribeiro, 54 anos, disse não ter visto rachaduras ou outros sinais de problemas estruturais na casa em que vive há dois anos. Ela, porém, também precisou deixar a residência. “Falaram para a gente sair para a minha própria segurança, porque pode ser que seja o solo. A gente não tem rachadura nenhuma, mas falaram para sair porque poderia desabar em cima de mim”, afirmou.

Vivendo há apenas um mês com o marido e os dois filhos no segundo andar do prédio residencial que fica na rua, Lidiane de Oliveira Araújo, 38 anos, já pensa em se mudar do local.

“Ontem notei uma rachadura comprida no quarto. Hoje, estava tomando banho quando ouvi a sirene dos bombeiros e saí. Enrolei o cabelo e já pediram para descer rápido que o prédio iria cair. Fiquei desesperada”, relatou.

“Agora, mesmo que liberem, não volto mais não. Vou pegar as coisas que tenho que pegar e vou ver outro lugar, porque a gente fica com medo, né?”, disse.

Conforme informou o major Júnior César, técnico da Defesa Civil, assim que o órgão público determinar que há necessidade de escoramento, serão os proprietários das residências que terão que contratar um engenheiro para fazer a obra. “Já que é propriedade privada, eles mesmos precisam pagar o engenheiro”, disse.

Segundo o profissional, a Defesa Civil ofereceu estadia em um albergue em Taguatinga para as famílias que não têm onde se abrigar. “A gente oferece a opção do albergamento, mas as famílias que falamos optaram por ficar em casas de parentes. Não teremos ninguém desalojado”, afirmou.

Às 17h52 desta segunda-feira, o Corpo de Bombeiros informou que apenas duas edificações permaneceram interditadas no local. Os prédios só poderão ser liberados após a conclusão do laudo pericial.

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