1 de 1 Criança recebe cuidado após tomar vacina contra Covid-19 em Goiânia, Goiás - Metrópoles
- Foto: Foto: Vinícius Schmidt/Metrópoles
A aplicação de doses da marca Coronavac em crianças e adolescentes de 6 a 17 anos de idade foi aprovada por unanimidade pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) nesta quinta-feira (20/1). No Distrito Federal, contudo, as vacinas serão aplicadas após a publicação de nota técnica do Ministério da Saúde. As informações foram divulgadas pela Secretaria de Saúde do DF durante coletiva de imprensa nesta tarde.
Para, Paula Lawall, subsecretária de Atenção Integral à Saúde, a decisão da Anvisa é “louvável”, mas ainda não garante a aplicação imediata da marca do imunizante no DF. “A gente ainda depende do Ministério da Saúde para que ele traga os informes técnicos, para recomendar a inclusão do imunobiológico dentro do PNI e que o ministério possa pactuar com os estados e com o DF o cronograma de entrega dessas doses para que a gente possa seguir com o planejamento de imunização de nossas crianças”, avalia.
Segundo o secretário de Saúde, general Manoel Pafiadache, os estoque são “suficientes” para iniciar a vacinação infantil da faixa etária aprovada, mas, por enquanto, a ordem é aguardar sinalização do governo federal.
O pedido feito pelo Instituto Butantan, fabricante da vacina, solicitava a autorização para a administração do fármaco em crianças a partir dos 3 anos. No entanto, por falta de dados sobre o público mais jovem e imunocomprometido, a agência regulatória decidiu que a faixa etária deveria ser alterada para 6 a 17 anos, com aplicação apenas em crianças saudáveis.
Uso da vacina
Ao Metrópoles fontes ligadas ao Ministério da Saúde informaram que alguns estados e municípios ainda têm doses da Coronavac em estoque.
Além disso, o Instituto Butantan afirmou que tem 15 milhões de vacinas disponíveis, refrigeradas, aguardando para iniciar a imunização.
Por isso, o governo ainda deve avaliar se será necessário firmar um novo contrato com o Instituto Butantan para comprar mais unidades da vacina ou se as doses estocadas nos estados serão suficientes.
Covid-19: o que se sabe até agora sobre a vacinação de crianças:
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A Anvisa aprovou, em 16 de dezembro, a aplicação do imunizante da Pfizer em crianças de 5 a 11 anos. Para isso, será usada uma versão pediátrica da vacina, denominada Comirnaty
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A vacina é específica para crianças e tem concentração diferente da utilizada em adultos. A dose da Comirnaty equivale a um terço da aplicada em pessoas com mais de 12 anos
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A tampa do frasco da vacina virá na cor laranja, para facilitar a identificação pelas equipes de imunização e também por pais, mães e cuidadores que levarão as crianças para receberem a aplicação do fármaco
Aline Massuca/Metrópoles
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Desde o início da pandemia, mais de 300 crianças entre 5 e 11 anos morreram em decorrência do coronavírus no Brasil
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Isso corresponde a 14,3 mortes por mês, ou uma a cada dois dias. Além disso, segundo dados do Ministério da Saúde, a prevalência da doença no público infantil é significativa. Fora o número de mortes, há milhares de hospitalizações
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De acordo com a Fiocruz, vacinar crianças contra a Covid é necessário para evitar a circulação do vírus em níveis altos, além de assegurar a saúde dos pequenos
Vinícius Schmidt/Metrópoles
Contudo, desde o aval para a aplicação da vacina em crianças, a Anvisa vem sofrendo críticas de Bolsonaro, de apoiadores do presidente e de grupos antivacina
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Para discutir imunização infantil, o Ministério da Saúde abriu consulta pública e anunciou que a vacinação pediátrica teria início em 14 de janeiro. Além disso, a apresentação de prescrição médica não será obrigatória
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Inicialmente, a intenção do governo era exigir prescrição. No entanto, após a audiência pública realizada com médicos e pesquisadores, o ministério decidiu recuar
Divulgação/ Saúde Goiânia
De acordo com a pasta, o imunizante usado será o da farmacêutica Pfizer e o intervalo sugerido entre cada dose será de oito semanas. Caso o menor não esteja acompanhado dos pais, ele deverá apresentar termo por escrito assinado pelo responsável
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Além disso, apesar de não ser necessária a prescrição médica para vacinação, o governo federal recomenda que os pais procurem um profissional da saúde antes de levar os filhos para tomar a vacina
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Segundo dados da Pfizer, cerca de 7% das crianças que receberam uma dose da vacina apresentaram alguma reação, mas em apenas 3,5% os eventos tinham relação com o imunizante. Nenhum deles foi grave
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Países como Israel, Chile, Canadá, Colômbia, Reino Unido, Argentina e Cuba, e a própria União Europeia, por exemplo, são alguns dos locais que autorizaram a vacinação contra a Covid-19 em crianças
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Nos Estados Unidos, a imunização infantil teve início em 3 de novembro. Até o momento, mais de 5 milhões de crianças já receberam a vacina contra Covid-19. Nenhuma morte foi registrada e eventos adversos graves foram raros
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A decisão do Ministério da Saúde de prolongar o intervalo das doses do imunizante contraria a orientação da Anvisa, que defende uma pausa de três semanas entre uma aplicação e outra para crianças de 5 a 11 anos
Rafaela Felicciano/Metrópoles
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