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Sem ajuda da população do DF, restrições mais duras voltarão, diz Saúde

Secretário adjunto de Assistência à Saúde do DF alerta para a necessidade de intensificar medidas de combate ao coronavírus

atualizado

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Ainda em curva ascendente no número de casos do novo coronavírus, o governo do Distrito Federal colocou em prática a fiscalização do uso de máscaras pela população a partir dessa segunda-feira (11/05).

Mesmo com possibilidade de punição financeira de R$ 2 mil para quem desobedecer a regra, alguns cidadãos saíram de casa sem a proteção, conforme mostrou o Metrópoles. Mais tarde durante a segunda-feira, o GDF afirmou que, “no momento”, ainda não vai cobrar a multa.

Não foi divulgado balanço sobre punições nesse primeiro dia, mas a Secretaria de Saúde faz um alerta: “Se a população não colaborar, voltaremos a ter medidas mais duras e restritivas”, garante Ricardo Tavares, secretário adjunto de Assistência à Saúde. Assim, o governo poderia voltar às decisões do primeiro decreto, quando mais tipos de comércio foram fechados.

Ele alerta que a proteção facial é apenas uma a mais para quem sai de casa, mas o isolamento ainda é o melhor método de prevenção. “As pessoas não podem relaxar. Para começarmos a flexibilizar comércio e outras atividades, é necessário usar máscara e manter uma série de cuidados”, alertou.

Tavares explica que só o equipamento não protege 100% contra o coronavírus.

“Se duas pessoas estiverem conversando de máscara, a proteção é de 70%. É preciso manter a distância de 2 metros ou 1,5 metro, lavar as mãos, passar álcool em gel. Só a máscara não é suficiente. Além disso, sempre que for possível, as pessoas devem ficar em casa”, complementou o secretário adjunto de Assistência à Saúde.

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Distanciamento e leitos de UTI

De acordo com o último boletim da Secretaria de Saúde, há 44 mortes pelo novo coronavírus no Distrito Federal – 43 moradores da capital e uma do Novo Gama (GO), que faleceu em hospital da cidade. Os últimos dois registros foram feitos nessa segunda (11/05).

“O distanciamento é para evitar que as UTIs fiquem cheias, mas ainda temos uma boa situação no DF. Além disso, se os leitos destinados ao coronavírus chegarem a 50%, temos capacidade para abrir mais”, disse Tavares.

Também nesta segunda, o governador Ibaneis Rocha (MDB) visitou o hospital de campanha montado no Mané Garrincha e afirmou que ele começará a receber pacientes no próximo dia 20 de maio.

De acordo com o chefe do Executivo local, a Secretaria de Saúde monta um plano para tirar os doentes mais leves dos hospitais a fim de levá-los ao hospital de campanha, de forma que os casos mais graves permaneçam nos locais de referência. “É mais fácil a gente trazer aqueles doentes mais leves para cá para fazer um acompanhamento e deixar os casos mais graves com os especialistas que já estão no Hran [Hospital Regional da Asa Norte]”, afirmou.

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