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DF: hospitais e Upas geridos por instituto terão aporte de R$ 80 mi

O recurso, de acordo com o GDF, virá de emendas parlamentares, dinheiro do Iges-DF e de captação própria do Executivo local.

atualizado

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Raimundo Sampaio/Esp. Metrópoles
Brasília (DF), 23/07/2019 Hospital de Base de Brasília Foto: R
1 de 1 Brasília (DF), 23/07/2019 Hospital de Base de Brasília Foto: R - Foto: Raimundo Sampaio/Esp. Metrópoles

O Governo do Distrito Federal vai investir R$ 80 milhões para tentar melhorar a qualidade do atendimento no Instituto de Gestão Estratégica da Saúde do DF (Iges-DF). A verba será empregada em 15 ações, incluindo a construção de seis novas Unidades de Pronto Atendimento (Upas) e a reforma da emergência do Hospital de Base. O recurso, de acordo com o GDF, virá de emendas parlamentares e de captação do próprio Executivo local.

No último dia 17, o Metrópoles mostrou em uma reportagem da série DF na Real que tanto do ponto de vista dos pacientes quanto a partir da perspectiva dos profissionais, houve melhora no sistema como um todo, embora a realidade ainda esteja longe da ideal. Um dos maiores problemas é a quantidade insuficiente de médicos para suprir a demanda.

O pacote anunciado nesta segunda-feira (02/09/2019) pelo Palácio do Buriti inclui a reestruturação dos serviços de radiologia, radioterapia e oncologia. “Nós estamos em franca expansão. Só hoje são mais de 1,2 mil leitos”, afirmou o diretor-presidente do Iges, Francisco Araújo.

Araújo comentou sobre a crise da ressonância, noticiada pelo Metrópoles. Sem aparelhos na rede, mais de 21 mil pedidos de exames estão acumulados. De acordo com o gestor, o governo já tomou as providências para instalar o equipamento de PET Scan, atualmente sem uso no Base.

Ar-condicionado

Do total do recurso destinado ao Iges-DF, R$ 20 milhões servirão para bancar a instalação de ar-condicionado. O Base enfrenta problemas de espaço para armazenar medicamentos e insumos e  logística. Por isso, o Iges lançará um programa de eficiência logística.

Em outra frente, a fim de impulsionar o atendimento da oncologia, o instituto vai trocar o acelerador linear, ao preço de R$ 6 milhões. O equipamento leva seis meses para entrar em funcionamento. Com a medida, segundo o governo, será possível zerar a fila da radiologia.

Outra promessa é colocar em operação dois tomógrafos e um aparelho de ressonância magnética no Hospital de Base. Além disso, o instituto quer instalar um aparelho de ressonância em Santa Maria. A compra dos quatro aparelhos vai custar R$ 20 milhões.

Fazer funcionar o sistema de prontuários eletrônicos é outro projeto que o Instituto de Gestão quer tirar do papel. Tal medida custará R$ 1 milhão. De olho na formação dos futuros profissionais e colaboradores, a unidade vai colocar no ar uma plataforma de ensino à distância. Neste contexto, será lançado um centro de simulação realística dos atendimentos.

As novas UPAs serão erguidas em Brazlândia, Ceilândia, Paranoá, Riacho Fundo 2, Gama e Vicente Pires. A unidade de Brazlândia será entregue em dezembro deste ano. As demais serão abertas até abril de 2020. Com a construção, serão proporcionados mais 12 mil atendimentos por mês. Cada unidade custará R$ 2,5 milhões.

Dentro do pacote, o serviço de hemodiálise deve passar por modernização. No Hospital de Santa Maria, a capacidade de atendimento será em 80%. No caso do Base, será aberto um novo turno de tratamento.

Quimioterapia

A Central de Manipulação de Quimioterápicos deverá passar por reforma e adequação. O Iges-DF espera assinar um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) para colocar o PET Scan em funcionamento. A previsão é que a Justiça libere o equipamento ainda nesta semana. Além disso, o governo também quer reestruturar o Núcleo de Medicina Nuclear.

A reforma da emergência é um ponto crucial do pacote de investimento. O projeto intenta reformular o pronto-socorro, centro cirúrgico e UTIs. A obra deve durar pelo menos quatro anos, a partir de 2020, e abarcará o setor psiquiátrico da unidade.

 

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