metropoles.com

Clarice, de 2 meses, precisa de leito de UTI para sobreviver

Mesmo com ordem judicial determinando vaga, nenê segue internada no HRC: portadora de uma cardiopatia grave, ela precisa de cirurgia urgente

atualizado

Compartilhar notícia

Acervo pessoal
Untitled6
1 de 1 Untitled6 - Foto: Acervo pessoal

Toda vez que o coração de Clarice bate, ela corre o risco de morrer. Só uma cirurgia cardíaca pode garantir a vida da pequena. A bebê nasceu no último dia 3 de maio, no Hospital Regional de Ceilândia (HRC), com uma cardiopatia grave. Desde então, a família aguarda apreensiva a liberação de um leito de UTI para o procedimento.

“Minha filha não fica um minuto longe dela. É uma agonia constante. Um desespero por saber que a nenê pode morrer e não podemos fazer nada, só esperar uma ação do governo”, desabafou a avó de Clarice, a auxiliar de serviços gerais Ana Lúcia Alves Pereira, 47 anos. A mãe da bebê, Letícia, tem apenas 16 anos.

O último relatório médico, do dia 21 de maio, aponta a urgência do caso. O profissional relata que a bebê é portadora de “janela aorto-pulmonar, hipertensão pulmonar acentuada e insuficiência mitral discreta”, aponta a necessidade de uma cirurgia imediata e afirma existir “risco de compensação cardíaca e morte”. Diante do quadro, o médico solicita a remoção da paciente, já que o HRC não oferece condições para o procedimento.

0


Nem com ordem judicial
Um mês depois, Clarice continua em um leito comum e sem previsão para a operação. A família procurou a Defensoria Pública e conseguiu, na Justiça, decisão autorizando a internação da bebê, no último dia 12. A sentença do juiz Rogério Faleiro Machado, do 3ª Juizado Especial de Fazenda Pública, determina à Secretaria de Saúde providenciar um leito de UTI para a bebê. No entanto, a ordem ainda não foi cumprida.

Segundo informou a Secretaria de Saúde, Clarice “está regulada para vaga na UTI pós-cirúrgica do Instituto de Cardiologia do Distrito Federal (ICDF)”. A pasta afirma que são feitas buscas “24 horas por dia para que a criança seja atendida o mais rápido possível”. De acordo com o órgão, a criança está “em bom estado, respirando espontaneamente e sob cuidados da equipe médica”.

Compartilhar notícia