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Presidente do SindMédico quer lockdown imediato: “Vida não tem repescagem”

Gutemberg Fialho defende que a medida seja tomada no DF o quanto antes. “Morreu, não volta mais”

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1 de 1 gutembergfialho-840 - Foto: Reprodução/Facebook

Na tarde desta terça-feira (30/06), o Distrito Federal registrou, desde o início da pandemia do novo coronavírus, 47.643 infectados e 529 óbitos pela Covid-19.

Diante dos números, o presidente do Sindicato dos Médicos do Distrito Federal (SindMédico-DF), Gutemberg Fialho, falou ao Metrópoles e defendeu o lockdown na capital da República.

“Defendemos o lockdown de imediato para ter condições de aumentar a capacidade do sistema. Não é uma gripezinha. A população está morrendo. A vida não tem repescagem. Morreu, não volta mais”, disse.

“A situação está fora de controle. Hoje, quase 100% de todos os hospitais estão com leitos completamente ocupados. Isso vai se agravar com a multiplicação dos óbitos em decorrência do relaxamento social. Se não tiver uma medida drástica para diminuir o contágio, adoecimento e casos graves, a população vai morrer no meio da rua”, acrescentou.

No último domingo (28/06), entidades ligadas à Saúde do DF alertaram para colapso no sistema de saúde durante o pico da pandemia.

Aúdio

No fim de semana, também circulou pelas redes sociais o áudio do gerente- geral de assistência do Hospital de Base do Distrito Federal, Lucas Seixas, defendendo o lockdown. Ele alertava para a chegada do “pico da pandemia” em um momento no qual, alegava, as vagas nas unidades públicas e privadas teriam se esgotado.

“Estamos com 100% de ocupação dos nossos ventiladores. Gostaria que vocês unissem forças para dar as altas necessárias”, diz. E prossegue: “Vamos aguentar firmes, todos unidos, porque o pico chegou e esta semana será muito difícil”.

Ouça:

Como mostrou o Metrópoles, Lucas Seixas tem no currículo uma condenação por homicídio culposo após realizar uma endoscopia.

O que diz a Saúde

Por meio de nota, o Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (Iges-DF), que administra, entre outras unidades, os hospitais de Base e o de Santa Maria, negou a informação de que 100% dos leitos de UTI com respiradores estejam ocupados.

“A informação não procede, não há falta de leitos de UTI e nem de medicação. O Iges-DF tem feito todo o esforço para que a população seja atendida de forma eficaz e efetiva neste momento de pandemia. No Hospital de Base, 66 leitos de UTI para atendimento exclusivo de pacientes referenciados acometidos pela Covid-19 foram abertos e, neste momento, 58 deles encontram-se ocupados”, diz a nota.

Ainda de acordo com o instituto, “no HRSM, 100 leitos de UTI para atendimento exclusivo de pacientes referenciados acometidos pela Covid-19 foram abertos e, neste momento, 81 deles encontram-se ocupados”.

O Iges-DF ressalta que, apesar de as liberações desses leitos serem dinâmicas, o instituto estuda meios de poder disponibilizar mais vagas para atender mais pacientes e dar maior suporte à rede pública de saúde do DF.

Já a Secretaria de Saúde informa que “o número de leitos de UTI disponíveis nas redes pública e privada pode ser conferido na Sala de Situação, onde os dados são atualizados constantemente ao longo do dia. Na tarde deste sábado, dos 497 leitos de UTI reservados para casos de Covid-19 na rede pública, 300 estavam ocupados. Nos hospitais particulares, de 218 leitos disponíveis, 179 estão ocupados”.

A pasta reforça que “os dados da rede pública podem ser acompanhados neste link, enquanto os da rede privada estão disponíveis neste endereço“.

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