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Condenado na Caixa de Pandora, Rogério Ulysses é nomeado no GDF

O ex-deputado distrital passa a ocupar o cargo de diretor de Programas e Operações, da Secretaria Adjunta das Cidades, da Casa Civil

atualizado

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1 de 1 rogerio-ulysses - Foto: Reprodução/Facebook

O ex-deputado distrital Rogério Ulysses, condenado em segunda instância por improbidade administrativa e denunciado por corrupção no âmbito da Caixa de Pandora, foi nomeado nesta sexta-feira (11/1) no Governo do Distrito Federal (GDF). Ficha suja, ele está com os direitos políticos suspensos e proibido de ocupar cargo público até 2022.

Mesmo assim, o ex-parlamentar foi nomeado para atuar como diretor de Programas e Operações da Subsecretaria de Desenvolvimento Regional e Operações nas Cidades, da Secretaria Adjunta das Cidades, da Casa Civil do Distrito Federal. No cargo de CNE-07, receberá ao menos R$ 4.684,66.

Reprodução/DODF
A nomeação do ex-deputado distrital Rogério Ulysses foi publicada na edição do Diário Oficial do DF

Trata-se do sexto ex-deputado distrital a ganhar espaço na estrutura do GDF. Derrotado nas urnas em 2018, Cristiano Araújo (PSD) foi indicado para a Diretoria de Administração do Metrô-DF; Wellington Luiz (MDB) comanda a Codhab; Raimundo Ribeiro (MDB) está na diretoria da Adasa; e Bispo Renato (PR) ficará na articulação política com a Câmara Legislativa. Washington Mesquita (PTB) ficou com a Subsecretaria do Idoso.

Rogério Ulysses foi condenado após as investigações da Caixa de Pandora, operação que levou ao afastamento do então governador José Roberto Arruda, em 2009. O ex-deputado distrital foi denunciado pelo Ministério Público por supostamente ter recebido uma “mesada” de R$ 60 mil durante 35 meses para apoiar o governo Arruda (2006 a 2009).

A defesa alegou que não existem provas de favorecimento financeiro por parte do ex-parlamentar, mas os argumentos foram rejeitados pelo Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT) e a condenação mantida pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ). O ex-deputado também é acusado de corrupção passiva.

Depois do escândalo da Pandora, Rogério Ulysses saiu da política.

O outro lado
Em nota, a assessoria de comunicação do GDF disse que a indicação do ex-deputado “não fere o compromisso de campanha do governador”. Afirmou, ainda, não haver condenação transitada em julgado.

“Ademais, trata-se de uma pessoa que tem profunda ligação com a comunidade, conhece os problemas das cidades do DF e é reconhecido até hoje como o melhor administrador de São Sebastião”, destacou o comunicado.

Ao Metrópoles, Rogério Ulysses afirma que o processo não chegou ao fim. “O Ibaneis, como uma pessoa do direito, sabe que só há condenação quando há sentença transitada em julgado”, assinalou.

O ex-parlamentar lembra que é servidor público concursado e agora foi convidado para assumir uma função diferente da sua, de professor. “O que o governador Ibaneis está fazendo é entender que posso ser mais útil na posição que ele me designou”.

O ex-deputado recorreu da condenação e sustenta, ainda, que há erros e falhas em seu processo e acredita que “muito em breve” será “absolvido integralmente”.  

“Não entendi, até hoje, porque falaram no meu nome em uma conversa na qual eu não estava. O MP fez um documento, um relatório sobre a minha vida e a conclusão é que nunca houve movimentação atípica. Estamos questionando a retirada desse documento dos autos”, acrescentou. Segundo ele, o delator do caso Caixa de Pandora, Durval Barbosa, admitiu que não o conhece.

Na nova função, Rogério Ulysses explica que não ficará responsável por orçamento: irá colaborar com o SOS DF, primeira medida de intervenção nas cidades anunciada pelo novo governador.

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