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Buriti 2018: saiba quem são os políticos mais rejeitados pelo eleitor

Pesquisa aponta quem não receberia voto de jeito nenhum caso concorresse para governador. Agnelo e Rollemberg lideram o ranking

atualizado

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Elza Fiúza/Agência Brasil
O ex-governador Agnelo Queiroz transmite a faixa de governador do Distrito Federal ao governador eleito do DF, Rodrigo Rollemberg, durante cerimônia de posse, no Buriti (Elza Fiúza/Agência Brasil)
1 de 1 O ex-governador Agnelo Queiroz transmite a faixa de governador do Distrito Federal ao governador eleito do DF, Rodrigo Rollemberg, durante cerimônia de posse, no Buriti (Elza Fiúza/Agência Brasil) - Foto: Elza Fiúza/Agência Brasil

Os candidatos ao Palácio do Buriti vão precisar trabalhar dobrado para conquistar os brasilienses. Dos nomes listados na pesquisa encomendada pelo Metrópoles ao Instituto Dados, 37,8% não agradam aos eleitores, que não votariam em nenhum dos atuais postulantes ao Executivo local.

A rejeição mais alta é ao petista Agnelo Queiroz: 22,1% dos eleitores não gostariam de ver o político novamente no GDF. Mas, mesmo se quisesse tentar um retorno ao Buriti, Agnelo não poderia: o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) manteve a condenação que tornou o político inelegível por oito anos. Ele é acusado de ter desvirtuado propaganda do governo em favorecimento próprio durante a campanha de reeleição em 2014.

Segundo a pesquisa Metrópoles/Dados, o atual governador, Rodrigo Rollemberg (PSB), é o segundo colocado no ranking, com 14,8%.

O percentual dos eleitores que não têm objeção a qualquer um dos pré-candidatos soma 6,7% – superior aos índices obtidos por Alberto Fraga (DEM), 5,9%; Chico Leite (Rede), 3,1%; e Cristovam Buarque (PPS), 3,1%.

O resultado da pesquisa mostra a rejeição sistêmica da política de forma geral. Não é novidade. Nas eleições municipais de 2016, os votos brancos e nulos foram superiores aos de alguns eleitos.

Leonardo Barreto, cientista político da Universidade de Brasília

Outros pré-candidatos
Envolvido em escândalos de corrupção no âmbito da Operação Panatenaico – que investiga supostos desvios nas obras do Estádio Mané Garrincha – e ex-vice de Agnelo Queiroz, Tadeu Filippelli (PMDB) soma 2,9%.

A lista é seguida por Jofran Frejat (PR), com 2,5%; Reguffe (sem partido), 2,1%; e Rogério Rosso (PSD), também com 2,1%. Rosso teve curta passagem pelo comando do GDF após a prisão de José Roberto Arruda por corrupção, escândalo investigado na Operação Caixa de Pandora.

Os outros pré-candidatos não ultrapassam a casa dos 2% de rejeição. São eles: Izalci Lucas (1,8%), em pé de guerra com uma ala do próprio partido, o PSDB; o pedetista Joe Valle (1,7%), o ex-deputado Alírio Neto (PTB), com 1,4%; e os outsiders Alexandre Guerra (Novo), com 1,3%; e Ibaneis Rocha (PMDB), com 1,1%.

Arte/Metrópoles

Realizado entre os dias 6 e 12 de dezembro, o levantamento ouviu 1,2 mil eleitores da capital. As entrevistas foram feitas pessoalmente com moradores de 30 regiões do DF. A margem de erro é de 2%, e o nível de confiança é de 95%.

Novas caras
Para o especialista em políticas públicas Emerson Masullo, as eleições de 2018 terão novo perfil, que começou a ser desenhado em 2016. “Essa vai ser a eleição do médico, do comerciante, do professor, do delegado. Profissionais de áreas colapsadas, das quais a população cobra melhorias urgentes”, diz.

Assim como Leonardo Barreto, Masullo reforça que o brasileiro cansou dos atuais políticos. “A tendência é a rejeição de figuras tradicionais e um voto de protesto. O brasileiro vai querer contato com alguém que não tenha ligação partidária. Está cansado dos velhos caciques.”

E quem tem mais chances de se eleger?
Outra pesquisa encomendada pelo Metrópoles ao Instituto Dados aponta que 53% dos eleitores não escolheriam nenhum dos 14 nomes mais cotados para o cargo. O mais citado é o do senador José Antônio Reguffe, com 8,8% das intenções de voto. No entanto, o parlamentar declarou reiteradamente que não pretende concorrer às eleições do próximo ano.

Sem Reguffe no páreo, o pré-candidato mais próximo de chegar ao GDF é Jofran Frejat, com 6,1% da preferência dos brasilienses.

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