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PCDF faz mudanças e fortalece combate à corrupção e violência contra a mulher

As modificações já foram aprovadas pela Secretaria de Segurança Pública do DF (SSP) e serão publicadas no Diário Oficial nos próximos dias

atualizado

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Myke Sena/Especial Metrópoles
Operação da PCDF na CLDF
1 de 1 Operação da PCDF na CLDF - Foto: Myke Sena/Especial Metrópoles

A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) vai passar por mudanças estruturais nos próximos dias. O objetivo é fortalecer a repressão ao crime organizado, corrupção e violência contra a mulher.

Unidades especializadas receberão reforço de delegados. As modificações já foram aprovadas pela Secretaria de Segurança Pública do DF (SSP), passaram, ainda, pela Secretaria de Economia e aguardam a assinatura do governador Ibaneis Rocha para a publicação no Diário Oficial (DODF).

A Delegacia Eletrônica perde o status de divisão e vai se tornar uma delegacia comandada pelo delegado-chefe Fernando Grana. O policial já atuava coordenando as atividades da unidade. A delegada-chefe adjunta também já foi escolhida e será a policial Brenda Limonge Freire, lotada atualmente na Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA).

O delegado-geral da corporação, Robson Cândido, afirma que as mudanças obedecem a uma padronização das delegacias que é adotada nacionalmente. “Vamos robustecer as unidades e dar mais ferramentas para aprimorar as investigações. Os chefes de divisões se tornarão delegados-chefe e terão seus respectivos adjuntos e assessores o que lhes confere mais autonomia”, afirmou.

Conforme noticiado pelo Metrópoles, a Delegacia Eletrônica conta, a partir desta quinta-feira (28/01), com um canal que representa  inovação para denúncia de violência doméstica, o Maria da Penha On-Line.

De forma pioneira, a ferramenta possibilitará a solicitação virtual de medidas protetivas, preenchimento do Questionário de Avaliação de Risco, fazer a representação contra o autor da violência, solicitar o acolhimento da vítima em Casa Abrigo, agilizar a autorização para intimação durante o processo via telefone, e-mail, WhatsApp ou outro meio tecnológico sério e idôneo e, ainda, a possibilidade de anexar arquivos, como vídeos, documentos e imagens.

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As novas ferramentas disponibilizadas acarretarão em maior eficiência na prestação do serviço realizado pela Delegacia Eletrônica e celeridade no envio das medidas protetivas para o Tribunal de Justiça do DF.

“Ficamos responsáveis pelas tratativas de 18 das 31 delegacias circunscricionais (de área) em casos de requerimento de medida protetivas. As demais ainda ficarão à cargo das Deams I e II”, explicou o titular da Delegacia Eletrônica, José Fernando Grana.

Na última semana, todos os servidores da Delegacia Eletrônica passaram por capacitação para atendimento à violência de gênero. Desta forma, as vítimas terão tratamento especializado independentemente do local onde o fato tenha ocorrido.

“Com o aprimoramento do canal entendemos que haverá uma diminuição da subnotificação de registros de casos de violência de gênero, na medida em que encoraja as mulheres que, por qualquer razão, não se sentem à vontade para realizar o registro presencialmente, trazendo reflexos positivos no combate a esse tipo de crime”, completou Grana.

Crime organizado

O Departamento de Combate à Corrupção (Decor) também será reestruturado. O diretor Leonardo de Castro terá auxílio de uma assessora, a delegada Carolina Barreto de Almeida Braga, que estava lotada no gabinete do Departamento de Polícia Especializada.

Os chefes de divisões vão se tornar delegados-chefe e contarão com apoio de delegados-chefes adjuntos. O delegado Wenderson Souza e Teles segue no comando da Delegacia de Repressão à Corrupção e terá Luiz Eduardo Mendes como adjunto. Ricardo Gurgel, chefe da Delegacia de Repressão a Crimes Contra a Ordem Tributária contará com auxilio do adjunto Abraão Alves Ferreira, lotado anteriormente no gabinete do Departamento de Polícia Circunscricional (DPC).

A Divisão de Repressão às Facções Criminosas (Difac) vai fazer parte da estrutura da Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (Draco). O comando da Draco segue com o delegado Adriano Valente, que terá como delegado-chefe adjunto o então chefe da Difac, Jean Felipe Mendes.

Investigações

O Decor, ao longo de 2020 realizou importantes ações, como a Operacão Fames, deflagrada em abril. Foram apuradas suspeitas de corrupção e irregularidades nos contratos de compra de alimentos por parte da Secretaria de Estado de Educação em decorrência de fraude ao caráter competitivo de procedimento licitatório.

Em junho, a Decor apurou, no âmbito da Operação Quarto Círculo, supostas irregularidades na contratação de serviços continuados com a disponibilização de licença de uso de solução de Gestão Hospitalar para o Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (Iges-DF).

Em julho, os investigadores da Decor levaram para cadeia um hacker suspeito de montar um esquema milionário de cancelamento irregular de multas de trânsito por meio de invasão não autorizada em sistema informatizado do Departamento de Trânsito do Distrito Federal (Detran). A investigação foi batizada de Operação Backdoor.

O combate a facções criminosas como o Primeiro Comando da Capital (PCC) e Comboio do Cão também foi efetuado através das operações Anastasys, em 2020, e Judas, neste ano. Os policiais também reprimiram o tráfico de drogas. Por meio da operação Poseidon, a PCDF levou para a cadeia um grupo que atuava no tráfico interestadual de drogas sintéticas que movimentou cerca de R$ 5 milhões em apenas três meses.

O combate aos crimes contra ordem tributária também ganhou espaço ao longo do ano. A especializada investigou fraudes que geraram prejuízo de mais de R$ 100 milhões aos cofres do Governo do Distrito Federal (GDF) na operação, intitulada de Sem Limite.

Operação Joio de Tolo, por sua vez, visou desarticular um grupo criminoso atuante no ramo de grãos, composto de corretores de cereais, produtores rurais e sócios de empresas de fachada. Os investigados são suspeitos de cometer fraudes tributárias. Em agosto, a Operação Makhfi mirou em empresários suspeitos de sonegar R$ 5 milhões e de praticar lavagem de dinheiro.

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