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Veja o que se sabe até agora sobre porteiro que matou irmão e sobrinho

Síndico de condomínio em Águas Claras onde porteiro trabalhava dispensou-o mais cedo no dia do crime, porque ele não parecia estar bem

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Imagem colorida de um homem com pele negra, camiseta cinza. Ele tem bigode e cabelo preto- Metrópoles
1 de 1 Imagem colorida de um homem com pele negra, camiseta cinza. Ele tem bigode e cabelo preto- Metrópoles - Foto: Reprodução

O porteiro Ronilton Teixeira Vieira (foto em destaque), 40 anos, foi preso nessa sexta-feira (22/12) após matar o irmão Reginaldo Teixeira Vieira, 42, e o sobrinho Daniel de Almeida Machado, 16. O agressor — que está hospitalizado desde que fugiu e fraturou as duas pernas em um acidente de carro — usou uma faca para assassinar as vítimas após uma suposta briga de família, na QR 321 de Samambaia Sul.

A mãe de Ronilton contou à polícia que, momentos antes do crime, ele havia saído para o trabalho, em um condomínio de Águas Claras, mas recebeu ordem do síndico do prédio para voltar para casa, pois não estava em condições de ficar no serviço.

Em casa, o suspeito começou a jogar vídeo game com o sobrinho, segundo a testemunha. Ela disse que serviu comida ao filho e ao neto, foi à cozinha do imóvel e, pouco depois, Ronilton apareceu no cômodo, dizendo ter matado Daniel e que ela seria a próxima.

Desesperada, a mãe de Ronilton tentou socorrer o neto, que estava ensanguentado e agonizava. Antes de morrer, a vítima chegou a dizer à avó que a amava.

Veja as vítimas:

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Diante da tragédia, a testemunha correu para a rua, na tentativa de pedir ajuda. Ao voltar para casa, foi puxada por Ronilton, que ameaçou matá-la. O crime só não se completou, segundo a depoente, porque Reginaldo, filho mais velho dela, tentou impedir a ação do irmão.

Nesse momento, Reginaldo agarrou o agressor, e a mãe correu. Minutos depois, porém, ela descobriu que o filho conseguiu matar o irmão mais velho e encontrou a vítima caída ao chão, na rua em frente à casa da família.

Prisão anterior

A mãe dos dois também contou à polícia que Ronilton não estaria bem desde a morte do pai dele, em julho último. Além disso, o porteiro e a esposa decidiram se separar no último sábado (16/12) — mesma data em que ele se mudou para a casa da matriarca da família —, o que teria tornado o comportamento dele mais preocupante, segundo ela.

A separação definitiva ocorreu dois dias após o criminoso ser preso pela segunda vez. Na ocasião, a polícia encontrou grande quantidade de balas e uma pistola 9 milímetros na casa onde ele morava com a ex. A munição estava guardada em um cofre.

As equipes chegaram ao endereço do casal para atender a uma suposta ocorrência de violência doméstica cometida por ele. O porteiro passou por audiência de custódia, mas recebeu direito a responder em liberdade.

Depois que começou a morar com a mãe, Ronilton apresentou quadro depressivo, começou a beber e parou de dormir, segundo a testemunha. Em depoimento, ela relatou que havia flagrado o filho andar pela casa de noite, com uma lanterna em mãos, enquanto parecia procurar por alguém no imóvel.

Acusações contra parentes

As declarações da mãe do preso se assemelham às dadas pela ex-esposa dele à polícia. Ela contou que Ronilton havia instalado câmeras na casa onde os dois moravam e constantemente as conferia. O porteiro chegou a dizer que tinha sido informado por terceiros sobre alguém frequentar o lar do casal.

Além disso, depois de matar o sobrinho e o irmão, Ronilton enviou mensagens de voz à ex, disse que cometeu o duplo homicídio e que ela seria a próxima a morrer. A depoente acrescentou que ele era apaixonado por armas e tinha registro de Caçador, Atirador Desportivo e Colecionador (CAC).

Assim como a mãe do porteiro, a ex-companheira dele contou a policiais militares que atenderam à ocorrência sobre Ronildo estar alterado e sob efeito de drogas. Além disso, ele a teria acusado de tê-lo traído e dito que as filhas dela haviam sido abusadas sexualmente.

As duas testemunhas alegaram que Ronilton acusou o irmão e o sobrinho de saberem dos supostos crimes sexuais e não terem agido. A ex-esposa do preso disse não saber sobre qualquer violência desse tipo e acreditar que o porteiro estivesse em surto.

Tentativa de latrocínio

Ronilto também foi denunciado por tentativa de latrocínio — roubo seguido de morte —, por tentar, após o duplo homicídio, roubar o automóvel dirigido por um vizinho e atacar o motorista com a mesma faca que usou para assassinar os parentes. Contudo, a vítima conseguiu despistar o criminoso e arrancar com o carro.

Assista:

Policiais militares do Batalhão Rural e rodoviários federais o prenderam horas após a fuga, próximo ao Engenho das Lajes, na região do Gama. Ronilton havia escapado no próprio carro, um Renault Sandero dourado, e dirigia pela BR-060, quando colidiu contra outros dois veículos.

A batida deixou três pessoas feridas, na altura do Km 10 da via, no sentido Goiânia. Uma delas foi Ronilton, que quebrou as duas pernas após a colisão. Ele provocou o acidente após dirigir na contramão.

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No Renault Sandero do criminoso, os policiais militares encontraram um punhal com marcas de sangue. Ronilton foi detido e levado em um carro do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF) para o Hospital Regional de Ceilândia (HRC), onde ficou sob custódia de PMs.

Ele continua internado, mas passou por audiência de custódia e teve a prisão em flagrante convertida em preventiva pela Justiça do Distrito Federal, na manhã deste sábado (23/12).

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