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Mãe de Lázaro confirma que chacareiro preso conhecia seu filho: “Fiquei arrasada”

Eva Maria de Souza, de 51 anos, também acredita que o filho não matou a família Vidal sozinho

atualizado

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Reprodução/TV Bahia
Eva, mãe de Lázaro Barbosa
1 de 1 Eva, mãe de Lázaro Barbosa - Foto: Reprodução/TV Bahia

A mãe do psicopata Lázaro Barbosa, 32 anos, confirmou ao Metrópoles que o filho conhecia o dono da chácara detido sob acusação de dar cobertura à fuga do suspeito, que já dura 17 dias. Nessa quinta-feira (24/6), Elmi Caetano Evangelista, 74 anos, e o caseiro dele, Alain Reis de Santana, 33, foram detidos por uma força-tarefa montada para caçar o maníaco.

“Fiquei arrasada com a prisão do seu Elmi. Ele fez isso [deu cobertura a Lázaro] porque é ser humano. Seu Elmi não tem o coração do Satanás; o coração dele é do Senhor”, disse Eva.

A mulher, que se mudou para Barra do Mendes, na Bahia, após a repercussão do caso, fez mais um apelo para Lázaro se entregar e acredita que isso só não ocorreu ainda porque ele está com medo de ser morto.

“Nas cartas que ele deixou, ele fala que não se entrega porque a polícia só quer matar. Como mãe, falo pra ele se entregar e não fazer mais nada com ninguém. Pense em seus filhos, eles precisam de você e te amam.”

Eva também não acredita que Lázaro tenha cometido sozinho a chacina no Incra 9, em Ceilândia, no último dia 9. “A polícia tem que parar de pensar assim, porque ele [Lázaro] diz que não fez a chacina sozinho, ficam atrás dele e os outros ficam aprontando”, disse, sem explicar quem seriam outros supostos envolvidos no quádruplo assassinato da família Vidal.

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Segundo um militar, enquanto conversava, na tarde dessa quinta-feira (24/6), com o caseiro, a equipe observava a propriedade de Elmi. O funcionário disse que teria visto Lázaro no local onde fica o chiqueiro.

O policial, então, pediu que Alain o levasse para esse local. O militar conta que, no meio do caminho, percebeu uma tampa de fossa séptica, pediu para que um sargento verificasse o que tinha lá e prosseguiu a caminhada em direção ao chiqueiro.

O sargento se aproximou do caseiro e perguntou se costumava sumir galinhas da chácara. O caseiro confirmou. O militar perguntou, então, se ali era um local onde se faziam rituais com sacrifício de animais. Alain disse desconhecer, mas revelou que tinha visto velas vermelhas na propriedade e, na ocasião, o patrão limitou-se a dizer que elas seriam usadas para um aniversário.

Os policias encontraram, no interior da fossa, vísceras de galinhas e muita pena de cor preta.

Além disso, em um galpão de ferramentas, os militares fizeram uma varredura e perceberam dois nomes escritos na parede. O de cima estava ilegível e escrito com o que parecia ser sangue. O segundo nome era “Jorceley”, escrito com tinta.

Questionado sobre quem seria Jorceley, o caseiro informou ser tio de Lázaro. Acrescentou que ele teria trabalhado na propriedade, assim como o fugitivo. Alain apontou, ainda, o local onde Lázaro teria morado quando prestou serviço na chácara. Trata-se de um casebre, já em escombros, que fica a cerca de 200 m da sede.

O caseiro acrescentou que o proprietário da chácara era muito próximo da família de Lázaro e que teria prestado auxílio aos familiares à época da morte do irmão dele.

Refeições

Em depoimento à polícia, Alain também informou que Lázaro estava na propriedade e fazia refeições, como almoço e jantar, diariamente, com o consentimento de Elmi Caetano. Relatou, ainda, que a mãe de Lázaro Barbosa trabalhou como caseira para Elmi e que, quando o maníaco estava preso, o dono da propriedade ajudava financeiramente a família dele.

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