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Chacareiro suspeito de dar cobertura a Lázaro está em choque, diz advogado

O homem de 74 anos foi preso nessa quinta-feira (24/6), com o caseiro da chácara onde mora, em Girassol (GO)

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1 de 1 WhatsApp Image 2021-06-25 at 15.49.15 - Foto: Igo Estrela/Metrópoles

O advogado de defesa de Elmi Caetano Evangelista, 74 anos, afirmou que o cliente toma remédios controlados, está em estado de choque e não “fala coisa com coisa”. O idoso foi preso nessa quinta-feira (24/6), junto do caseiro de sua chácara, situada na área rural de Girassol (GO), Alain Reis de Santana, 33. Os dois são suspeitos de ajudar a esconder o foragido Lázaro Barbosa, 32 anos.

Lázaro é acusado de cometer crimes brutais, como latrocínio, estupros e homicídios. O maníaco foge de centenas de policiais há 17 dias. A suspeita é de que, nos últimos cinco dias, Lázaro tenha se escondido e se alimentado na chácara de Elmi.

Ao prendê-lo, a polícia alegou que Elmi dava cobertura a Lázaro e que ele estaria com uma das armas roubadas pelo psicopata, com 50 munições, na região de Cocalzinho (GO), uma espingarda calibre .22.

As equipes apreenderam duas armas de ar comprimido, sendo que uma delas foi modificada mecanicamente para disparar munição de calibre .22. Segundo o caseiro, as armas eram do patrão, Elmi Caetano.

O advogado de Elmi, Ilvan Barbosa, no entanto, rechaça a possibilidade de auxílio do idoso ao fugitivo. “Meu cliente tem 74 anos, tem câncer, diabetes, usa remédio controlado e está em choque. Ele estava saindo da chácara e foi preso com duas armas de ar comprimido. Essas armas não foram e não são de Lázaro”, diz o defensor.

Segundo Ilvan, o cliente está debilitado e assustado. “Você acha mesmo que o Lázaro ia trocar tiros com 300 policiais com uma arma de ar comprimido? Mesmo a que está modificada, é um calibre .22. Como ele ia ficar trocando munição?”, questionou.

Versões distintas

Elmi e Alain eram defendidos por Ilvan Barbosa, mas o advogado afirmou que não podia continuar atendendo os dois clientes porque as versões deles sobre os fatos são completamente diferentes. “Um outro advogado da mesma equipe está defendendo o Alain. Não posso defender teses tão distintas”, disse à reportagem do Metrópoles.

Segundo informações exclusivas obtidas pela repórter Mirelle Pinheiro, do Metrópoles, o caseiro informou que Lázaro dormia e fazia refeições, como almoço e jantar, diariamente na sede da fazenda, com o consentimento de Elmi Caetano. Pontuou, ainda, que a mãe do suspeito trabalhou como caseira para Elmi Caetano e que, quando o maníaco estava preso, o dono da propriedade ajudava financeiramente a família do foragido.

Os cães policiais estiveram no local e, após ter sido apresentada a um dos animais uma amostra do odor de Lázaro Barbosa, ele acusou positivamente, indicando que o psicopata, realmente, esteve no local e escapava para a mata, em direção a um córrego.

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O caseiro Alain percebeu que Elmi fez quantidade maior de comida nesta semana. Na sexta-feira feira (18/6), o funcionário relatou que, ao fechar a porta dos fundos, viu que Lázaro estava no local, na área da churrasqueira.

O funcionário contou que ficou assustado e percebeu que Lázaro mancava. Ao questionar Elmi sobre a presença do fugitivo na fazenda, o patrão alegou que o caseiro estaria “imaginando coisas”. Alain também viu o maníaco na fazenda no último sábado (19/6); o empregado não compareceu à propriedade no domingo (20/6), pois estava de folga. A defesa de Elmi nega que seu cliente tenha abrigado o criminoso.

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