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Exclusivo: Lázaro ficou em um quarto quando a PM chegou a esconderijo

Policial viu um vulto na janela da casa ao se aproximar da chácara onde estava o maníaco. Caseiro preso confirmou que se tratava do foragido

atualizado

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Hugo Barreto/ Metrópoles
Força-tarefa atua para capturar Lázaro Barbosa
1 de 1 Força-tarefa atua para capturar Lázaro Barbosa - Foto: Hugo Barreto/ Metrópoles

Um policial que participou da prisão das duas pessoas apontadas como cúmplices do foragido Lázaro Barbosa, 32 anos, afirmou que viu um vulto na mata, perto da chácara dos investigados. A detenção dos acusados de dar suporte ao suspeito de matar quatro pessoas de uma mesma família no Distrito Federal, em 9 de junho, ocorreu na tarde dessa quinta-feira (24/6), em Girassol (GO). Acusado de cometer crimes brutais, como latrocínio, estupro e homicídios, o maníaco foge de centenas de policiais há 17 dias.

As duas pessoas apontadas pela polícia que teriam dado guarida a Lázaro são: Elmi Caetano Evangelista, 74 anos; e Alain Reis de Santana, 33. O idoso é dono da chácara situada na área rural de Girassol (GO), e Alain seria o caseiro dele. Desde as prisões, que ocorreram no fim da tarde dessa quinta, a propriedade está cercada por integrantes da força-tarefa.

O policial alegou que estava em uma missão para conscientizar o dono da chácara da importância da permissão para a entrada das forças de segurança pública na propriedade, uma vez que ele as teria impedido no dia anterior.

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Quando a equipe se aproximava da sede da chácara, no alto de uma colina, o PM viu o vulto de um homem na janela da sede. Continuaram a descida em direção à casa e, lá, falaram com o caseiro. Perguntaram se o proprietário estava no local, e o funcionário alegou estar sozinho.

Na janela onde foi visto o vulto, não havia mais ninguém. Na Central de Flagrantes, enquanto o caseiro era ouvido pelo delegado, ele confessou que, quando Lázaro percebeu que a equipe se aproximava, se escondeu em um quarto, dentro de um depósito, cuja janela ficava voltada para a lateral da chácara. Exatamente o local onde o policial viu o vulto.

O caseiro confirmou ser Lázaro, onde permaneceu até a saída dos militares. Em seguida, Lázaro saiu da casa e correu em direção a um bambuzal, nos fundos da propriedade.

Em depoimento, Alain também informou que Lázaro estava e fazendo refeições, como almoço e jantar, diariamente na sede da chácara, com o consentimento de Elmi Caetano. Relatou, ainda, que a mãe de Lázaro Barbosa trabalhou como caseira para Elmi e que, quando o maníaco, estava preso, o dono da propriedade ajudava financeiramente a família dele.

Trancas

Outro policial informou ao Metrópoles que, na quinta-feira, uma equipe da PM, ao chegar à propriedade de Elmi, observou que a primeira porteira estava fechada com cadeado. Estranhou a situação, porque os demais fazendeiros deixaram os acessos abertos a fim de facilitar o serviço policial. Resolveu, então, prosseguir a pé com a equipe para dentro do terreno.

Em nenhum momento, os militares violaram a tranca. Eles se arrastaram por debaixo da porteira. Novamente, encontraram uma segunda porteira fechada com cadeado, repetindo o procedimento de avançar na chácara sem arrebentar as trancas.

No alto de uma colina, o policial conseguiu avistar a sede, que estava a cerca de 700m dali. Do lado de fora, observaram uma pessoa trajando uma roupa branca e, na janela da casa, do lado de dentro, percebeu um vulto.

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