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Esplanada: 1,2 mil cruzes lembram vítimas de feminicídio no país

Protesto é pelo Dia Internacional para a Eliminação da Violência contra as Mulheres. Dados mostram o aumento de casos no DF

atualizado

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Rafaela Felicciano/Metrópoles
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1 de 1 Cruzes-na-esplanada-capa - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

Nesta segunda-feira (25/11/2019) é celebrado o Dia Internacional para a Eliminação da Violência contra as Mulheres. Novembro é o mês de início da campanha mundial contra todas as formas de violência de gênero, que segue até 10 de dezembro. Em representação às vítimas de feminicídio, 1.206 cruzes foram fincadas em frente ao Congresso, na Esplanada dos Ministérios. Cada uma delas representa uma mulher morta pelos companheiros em 2018.

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Um protesto fará parte do ato, no qual os manifestantes formarão a palavra “Basta”. Após a concentração, que começa às 9h30, haverá uma sessão solene no plenário da Câmara dos Deputados. O evento terá início às 11h, presidido pela deputada federal Flávia Arruda (PL-DF).

Dados

Alguns números levantados pela Secretaria de Segurança Pública (SSP/DF) refletem as condições dos crimes cometidos neste ano. Em 58% dos casos, a motivação foi ciúmes. Dessa porcentagem, 19% dos casais estavam separados. Além disso, a maior parte dos atos de violência ocorrem na residência das vítimas: 74% dos casos.

Aumento da violência

No DF, o número de feminicídios em 2019 já supera ao de 2018.

Levantamento com base em dados da Polícia Civil do DF (PCDF) produzido pelo (M)Dados, o núcleo de análise de grande volume de informações do Metrópoles, indica que, até o dia 21 de novembro, foram registrados 29 feminicídios consumados, 80 tentativas e 14.935 casos de violência contra mulheres na capital.

Os dados quanto aos dois primeiros crimes já superam os do ano passado, quando foram registrados 28 feminicídios, 66 tentativas e 14.985 casos de violências, segundo a SSP-DF.
Apesar de atualmente o número de casos de violência de modo geral contra brasilienses ainda ser menor que o de 2018, a quantidade pode ultrapassar o total de registros do ano passado, se a média mensal de 2019 for mantida.

Outro dado mostra que 59% dos assassinatos foram efetuados por companheiros ou ex-companheiros (44% companheiros e 15% ex-companheiros). Pensando nisso, a Secretaria de Segurança Pública lançou, em maio, a campanha #MetaaColher. O projeto busca expor o papel de responsabilidade de cada cidadão como engrenagem importante na cruzada contra o feminicídio.

 

Neste 2019, o Metrópoles iniciou um projeto editorial para dar visibilidade às tragédias provocadas pela violência de gênero. As histórias de todas as vítimas de feminicídio do Distrito Federal serão contadas em perfis escritos por profissionais do sexo feminino (jornalistas, fotógrafas, artistas gráficas e cinegrafistas), com o propósito de aproximar as pessoas da trajetória de vida dessas mulheres.

O Elas por Elas propõe manter em pauta, durante todo o ano, o tema da violência contra a mulher para alertar a população e as autoridades sobre as graves consequências da cultura do machismo que persiste no país.

Desde 1° de janeiro, um contador está em destaque na capa do portal para monitorar e ressaltar os casos de Maria da Penha registrados no DF. Mas nossa maior energia será despendida para humanizar as estatísticas frias, que dão uma dimensão da gravidade do problema, porém não alcançam o poder da empatia, o único capaz de interromper a indiferença diante dos pedidos de socorro de tantas brasileiras.

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