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Feminicídio: mulher é morta a facadas no Distrito Federal

O crime ocorreu na manhã desse domingo (29/09/2019), mas o corpo só foi achado à noite. Companheiro é suspeito

atualizado

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mulher assassinada
1 de 1 mulher assassinada - Foto: iStock

Uma mulher foi morta nesse domingo (29/09/3019) no Riacho Fundo. Policiais civis encontraram o corpo de Adriana Maria de Almeida no apartamento onde ela morava, por volta das 22h. A vítima tinha 29 anos e deixa uma filha de 4. O caso é tratado pela Polícia Civil como feminicídio, uma vez que o suspeito do crime é o companheiro dela.

A 29ª Delegacia de Polícia (Riacho Fundo) informou que a mulher foi morta a facadas. O assassinato teria ocorrido entre as 8h e as 9h, mas o corpo só foi achado mais de 12 horas depois. A criança não estava no apartamento da família, que fica no Conjunto 4 da Placa das Mercedes, no momento do crime. Já são 24 feminicídios no Distrito Federal este ano.

Na quinta-feira (26/09/2019), outra mulher foi assassinada no Distrito Federal. O crime ocorreu entre as 6h e as 6h30 na comunidade de Catingueiro, na região da Fercal. A vítima é Queila Regiane Jane, 42, que também foi morta a facadas. Horas depois, o suspeito foi preso. Os investigadores acharam Iron da Cruz Silva, 37, que tinha passagem por tentativa de homicídio, em um assentamento a 25 km de casa. Ele viveu com a vítima por 20 anos. O casal tem duas filhas.

“A gente imagina que os primeiros golpes de faca ele tenha desferido com a vítima ainda dormindo. A filha de Queila de 13 anos estava no quarto no momento, então pode não ter havido discussão entre o casal antes”, destacou o delegado Laércio de Carvalho, da 35ª DP (Sobradinho II). No momento em que foi preso, o assassino confesso não demonstrou arrependimento pelo feminicídio.

A motivação do crime teria sido ciúmes. “Ele fazia comentários de forma vaga: ‘Ela está trabalhando fora, tendo amizades diferentes…’”, destacou o policial. Após esfaquear a mulher, Iron tirou a adolescente e a levou para casa da outra filha, de 18 anos, casada, que mora na mesma rua dos pais. “Disse para ela ficar com a irmã porque a mãe estava passando mal e iria providenciar socorro”, detalhou o investigador.

Foi nesse momento que os familiares ouviram os gritos de Queila e correram para a casa dela. Acharam o corpo da mulher na cozinha, quase sem vida. Uma vizinha acionou a polícia. A delegacia se mobilizou para chegar até a área rural. Teve apoio aéreo e de aproximadamente 40 policiais para fazer o cerco. Por volta das 17h, a equipe conseguiu prender Iron. Na casa, foi encontrado um martelo – que a PCDF acredita ter sido usado pela vítima para tentar se defender. “Ela andou a casa inteira, que está repleta de sangue”, informou o delegado.

Neste 2019, o Metrópoles iniciou um projeto editorial para dar visibilidade às tragédias provocadas pela violência de gênero. As histórias de todas as vítimas de feminicídio do Distrito Federal serão contadas em perfis escritos por profissionais do sexo feminino (jornalistas, fotógrafas, artistas gráficas e cinegrafistas), com o propósito de aproximar as pessoas da trajetória de vida dessas mulheres.

O Elas por Elas propõe manter em pauta, durante todo o ano, o tema da violência contra a mulher para alertar a população e as autoridades sobre as graves consequências da cultura do machismo que persiste no país.

Desde 1° de janeiro, um contador está em destaque na capa do portal para monitorar e ressaltar os casos de Maria da Penha registrados no DF. Mas nossa maior energia será despendida para humanizar as estatísticas frias, que dão uma dimensão da gravidade do problema, porém não alcançam o poder da empatia, o único capaz de interromper a indiferença diante dos pedidos de socorro de tantas brasileiras.

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