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Advogado de envolvido no crime de Alexânia e família são ameaçados

Joel Pires, defensor de Davi José, diz que as filhas de 11 e 19 anos foram mandadas para fora da cidade e ele tem evitado sair de casa

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Giovanna Bembom/Metrópoles
Brasília (DF), /00/2017 – – Foto: Giovanna Bembom/Metrópoles
1 de 1 Brasília (DF), /00/2017 – – Foto: Giovanna Bembom/Metrópoles - Foto: Giovanna Bembom/Metrópoles

Após receber ameaças de estupro e morte, a família do advogado que defende Davi José de Souza, 49 anos, suspeito de ser comparsa do assassino confesso da estudante Raphaella Noviski, 16 anos, em Alexânia (GO), se mudou da cidade. O advogado Joel Pires de Lima relatou ao Metrópoles que mandou suas filhas, de 11 e 19 anos, para outro local. Ele mesmo está amedrontado e, por isso, evita sair às ruas.

“Tirei minhas filhas da cidade porque receberam ligações anônimas de pessoas que as ameaçaram de estupro e morte. Além disso, me chamaram de bandido e disseram que iriam me matar”, contou. De acordo com ele, nesta quinta-feira (9/11), sua casa foi apedrejada, sem graves danos. “Antes de lançarem a pedra, gritaram ‘advogado vagabundo’. Eu estava em casa no momento”, disse.

Além das filhas, o advogado também teve a rotina alterada. Ele explicou que parou de ir ao próprio escritório e passou a andar armado — o defensor afirma que tem porte legal. Apesar da gravidade das ameaças, ele ainda não registrou boletim de ocorrência. “Vou esperar a poeira abaixar, acabar esse clima de linchamento público, para prestar queixa”, ponderou. Já o contato com outros clientes está prejudicado, pois Lima mantém o celular desligado para dificultar o recebimento de ameaças.

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O defensor também observa retaliações nas redes sociais, por meio de comentários em notícias. Acredita que os ataques e incitações ao ódio ocorrem porque a população pensa que ele defende o acusado de matar a jovem, Misael Pereira de Olair, de 19 anos. Entretanto, Lima presta serviços para Davi. Além disso, circula nas redes a informação de que o criminalista vai alegar insanidade mental de Misael na Justiça.

“Eu defendi o Misael somente na audiência pública de custódia, na terça-feira (7), porque fui nomeado para isso. Não sou advogado dele. Dizer que vou alegar doença mental é uma mentira, não o defendo”, reforçou. Caberá à Defensoria Pública de Goiás definir um profissional para atuar em defesa do rapaz, caso um criminalista escolhido pela família dele não preste o serviço.

Lima lamenta pela ausência do juiz substituto de Alexânia, Leonardo Lopes dos Santos Bordini, na cidade. Assim, segundo o advogado, fica impossibilitado, momentaneamente, de solicitar escolta para trabalhar. O fórum da comarca da cidade informou à reportagem que o magistrado retomará os trabalhos na próxima semana.

Tragédia
O crime chocou Alexânia, cidade com 26 mil habitantes, a 88km de Brasília. Raphaella foi assassinada na última segunda-feira (6/11) com 11 tiros à queima-roupa, sete deles no rosto. Para cometer o homicídio, Misael pulou o muro da escola, invadiu a sala onde a jovem estudava e disparou contra ela. A entrada dele no local e o pânico dos estudantes foram registrados por câmeras de segurança.

Na sequência, Misael tentou fugir em um carro conduzido por Davi, que havia levado o rapaz até o colégio. A dupla acabou presa. Além do revólver calibre .32, o assassino confesso portava uma faca e uma máscara, utilizada por ele na hora do crime. Em depoimento, o rapaz disse que matou a estudante por sentir “ódio”, já que a jovem não correspondia às investidas dele.

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Veja a confissão de Misael:

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