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Ibaneis pede ao TRE-DF apuração sobre suposto pagamento a evangélicos

Segundo denúncia, candidato teria pago R$ 100 a fiéis de igreja para fazer campanha. Ele nega que tenha autorizado

atualizado

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Daniel Ferreira/Metrópoles
Ibaneis
1 de 1 Ibaneis - Foto: Daniel Ferreira/Metrópoles

O candidato ao Governo do Distrito Federal Ibaneis Rocha (MDB) se antecipou a seus adversários e pediu ao Tribunal Regional Eleitoral do Distrito Federal que apure denúncia feita pelo jornal O Globo, sobre suposto pagamento de R$ 100 feito pelo político a fiéis de uma igreja para que eles fizessem campanha. A defesa do emedebista nega que o grupo tivesse sido contratado pelo comitê do buritizável.

No pedido de investigação, os advogados de Ibaneis ressaltam que se de fato houve pagamento por terceiros (não autorizado), mais ainda em se tratando de doação oriunda de fonte vedada (igreja), todas as providências previstas na legislação eleitoral “serão imediatamente adotadas pelo candidato, com o recolhimento dos recursos ao erário”.

De acordo com o advogado de Ibaneis, Bruno Rangel, “se tais pagamentos ocorreram, não foram autorizados”. Na petição protocolada no Tribunal Regional Eleitoral do DF, nessa quarta-feira (24/10), a defesa afirma que a “regra geral da campanha para o segundo turno é de que apenas apoiadores voluntários façam parte das ações nas ruas e que qualquer excepcionalidade seja previamente autorizada, com a devida contabilização”.

“Note-se que, nos termos da Resolução nº 23.553/17, candidatos ao Governo do Distrito Federal podem contratar mais de quatro mil pessoas para trabalhar em suas campanhas, além de possuir o limite de gastos de R$ 2.800.000,00 para o 2º turno, razão pela qual, de forma alguma, a campanha necessitaria utilizar-se da suposta contribuição, podendo, se necessário, ela mesma contratar e efetuar os pagamentos”, diz a peça.

“O caso será apurado pela coordenação de campanha e merecerá, se for o caso, os devidos registros junto à prestação de contas do candidato, em estrito cumprimento do que determina a legislação eleitoral”, completa.

Denúncia
Um grupo de religiosos da Comunidade Evangélica Sara Nossa Terra denunciou o recebimento de R$ 100 por pessoa para fazer campanha de rua em favor do candidato ao Palácio do Buriti Ibaneis Rocha (MDB). Segundo reportagem do jornal O Globo, na terça-feira (23/10), alguns evangélicos agitavam bandeiras na W3 Norte, gritavam o nome de Ibaneis e distribuíam adesivos.

No fim da tarde, segundo a reportagem, um dos coordenadores chamou os cerca de 50 participantes do evento e pagou R$ 100 a cada um, dentro de um ônibus. Depoimentos gravados pelo jornal apontam que o grupo teria sido coordenado por um bispo chamado Rafael.

Houve ainda relatos de que os atos pagos estariam ocorrendo desde a última sexta (19) e turnos duplos seriam pagos com diárias de R$ 200. As listas apontadas na reportagem são da Sara Nossa Terra de Samambaia, Sobradinho, Paranoá e Ceilândia.

Embora o líder da igreja, pastor Bispo Rodovalho, tenha apoiado oficialmente Ibaneis Rocha, ele afirmou ao Metrópoles, por meio de nota, que desconhece tais atos de pagamento. “Isso é um equívoco. Se existem membros da igreja trabalhando para campanhas políticas, voluntários ou não, é uma prática pessoal. Nossos pastores e líderes são cidadãos que se posicionam individualmente”, afirmou.

Rodovalho ainda afirmou que a Sara Nossa Terra não tem como “controlar o engajamento dos milhares de membros em qualquer tipo de trabalho ou participação eleitoral. Acusar a igreja de ‘comprar votos’ tem, em si, a maldade e a intenção de atingir parte da sociedade que hoje se posicionou contra sua tutorização”, completou.

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