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Colégio Maxwell: funcionários estão há três meses sem receber

Em grave crise financeira, a escola foi fechada nessa quarta-feira (30/10/2019) por não ter cadastro ativo na Secretaria de Educação

atualizado

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Igo Estrela/Metrópoles
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1 de 1 Maxwell1 - Foto: Igo Estrela/Metrópoles

Os funcionários do Colégio Maxwell estão sem receber salários há três meses. A escola, fechada nessa quarta-feira (30/10/2019) por não ter cadastro ativo na Secretaria de Educação, ainda deve um ano de Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). Um acordo foi costurado para quitar débitos, porém a proprietária da empresa não teria apresentado a documentação necessária, e os trabalhadores ficaram a ver navios.

O diretor jurídico do Sindicato dos Professores em Escolas particulares do Distrito Federal (Sinproep-DF), Rodrigo de Paula, afirmou que a entidade fez reuniões com representantes do Maxwell, na tentativa de encontrar uma solução para o impasse. “Nós vínhamos acompanhando esse caso há dois meses. Fizemos uma reunião com representantes do grupo educacional que geria a escola naquele momento, que propôs parcelar os salários atrasados. No entanto, a proprietária não apresentou a documentação necessária, e o acordo acabou não sendo levado adiante”, explicou Rodrigo

Com cerca de 400 crianças e adolescentes matriculados, o Maxwell funcionou ilegalmente durante o ano de 2019, por não ter o credenciamento na Secretaria de Educação. “Estamos com uma ação no Ministério Público. É um caso grave, pois a escola não estava credenciada, ou seja, operava na clandestinidade durante todo esse tempo”, destacou Rodrigo de Paula.

Uma nova reunião entre o sindicato e o colégio está marcada para esta segunda-feira (04/11/2019).

Caso no MPDFT

De acordo com o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), as mesmas providências do caso Alub serão adotadas no Maxwell. A primeira ação – e a mais importante – será realizada no sentido de garantir a documentação dos alunos para que possam se transferir para outras instituições e terminar o ano letivo.

Em segundo plano vão ser analisadas as questões em relação ao direito do consumidor, por causa da quebra de contrato por parte do colégio. A única ação que não será feita em comparação ao caso Alub é uma reunião com os pais, devido a o caso ser muito recente, porém a possibilidade dessa reunião não está descartada, e a promotoria está analisando o caso para decidir o que será feito.

Metrópoles tentou entrar em contato com representantes da escola, porém nenhum dos números apresentados no site da instituição está atendendo. A reportagem enviou um e-mail solicitando uma posição por parte da instituição, porém não houve resposta até o fechamento desta matéria.

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