Deputado pede investigação de bolsonarista que convocou CACs para protestos

No sábado (26/11), o bolsonarista Milton Baldin convocou a população que tenha "armas legais" a se reunir no QG do Exército em Brasília

atualizado 29/11/2022 9:50

Homem de boné amarelo, óculos escuro e segurando microfone Reprodução

A Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) pediu à Secretaria de Segurança Pública (SSP-DF) que investigue e responsabilize um manifestante que usou palco instalado em frente ao Quartel-General do Exército em Brasília para convocar atiradores e caminhoneiros a participar de protestos na capital do país.

O ofício, do gabinete do deputado Fábio Félix (Psol), também cobra providências para prevenir infrações penais que possam impedir a diplomação do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

“Os manifestantes demonstraram de forma inequívoca intenção de escalar o conflito de forma violenta, inclusive por meio do uso de armas de fogo. No sábado, um manifestante instigou apoiadores do candidato derrotado [Jair Bolsonaro], especialmente aqueles com porte e posse de arma de fogo, a se organizarem para resistir à diplomação do presidente eleito [Lula]”, diz texto do ofício.

DF: manifestante convoca atiradores para protesto no QG do Exército

No sábado (26/11), um manifestante, que se identifica como Milton Baldin, do município de Jurena (MT), convocou brasileiros que tenham “armas legais”, bem como os colecionadores, atiradores desportivos e caçadores (CACs) para “mostrarem presença”.

Em vídeo, Milton Baldin pede que empresários do agro liberem caminhoneiros durante, ao menos, 15 dias, para participarem dos protestos. “Se nós perdermos essa batalha, o que vocês acham que vai acontecer dia 19? Vão entregar as armas? E o que eles vão falar? ‘Perdeu, mané?’”, discursou.

Assista:

 

 

Manifestações

Os protestos em frente aos quartéis-generais de diversas partes do país começaram após 30 de outubro, quando Bolsonaro (PL) perdeu as eleições para Lula, em segundo turno.

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Em Brasília, centenas de pessoas estão acampadas, desde então, em frente ao QG do Exército, para pedir intervenção federal, tentar impedir a diplomação do vencedor das eleições, bem como pleitear o impeachment de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).

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