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Defesa pede que jornalista Oswaldo Eustáquio seja transferido de hospital no DF

Repórter está preso, no Hospital Regional do Paranoá, mas segundo advogado, quadro de saúde inspira melhor estrutura de tratamento

atualizado

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Material Cedido ao Metrópoles
Oswaldo Eustáquio
1 de 1 Oswaldo Eustáquio - Foto: Material Cedido ao Metrópoles

O advogado do jornalista Oswaldo Eustáquio, preso e sob custódia da polícia no Hospital Regional do Paranoá após sofrer uma queda e lesionar a coluna, vai solicitar a transferência dele para outro centro de saúde do Distrito Federal. Segundo Ricardo Freire Vasconcellos, que defende o repórter, o estado de saúde de Eustáquio é delicado e necessita de melhores condições de atendimento.

Em conversa com o Metrópoles, Freire disse que o cliente “segue internado, sem movimentar as pernas. Por isso, precisa de transferência para hospital especializado em reabilitação, para atendimento médico e de fisioterapia para recuperação dos movimentos”. A intenção é conseguir uma vaga para o repórter, que alimenta um site de apoio ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido), na Rede Sarah.

Segundo o advogado, o estado de saúde de Oswaldo “reforça o pedido da defesa e de sua esposa, de que seja liberado para tratamento com urgência e comprova a necessidade dos cuidados que foram deferidos pela Justiça para que não tenha sequelas mais graves”.

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Internação

Em 28 de dezembro, o Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT) autorizou que o jornalista tenha acompanhamento médico especial enquanto estiver no Hospital Regional do Paranoá. De acordo com a decisão, as médicas Nise Yamaguchi e Maria Emília Gadelha Serra ganharam acesso à unidade de saúde para o tratamento do jornalista.

“A juntada aos autos do termo de consentimento informado do paciente indica a observância da autonomia do paciente e sua compreensão do objetivo da ação e consequências pertinentes à ozonioterapia proposta. Por todo o exposto, com fundamento no artigo 43 da LEP, autorizo o acesso imediato das médicas Nise Hitomi Yamaguchi e Maria Emília Gadelha Serra e da enfermeira Karol Jota Barbosa ao paciente Oswaldo Eustáqui Filho, para a finalidade específica de ministração do tratamento ora proposto (ozonioterapia e ministração endovenosa de vitaminas)”, determinou o TJDFT.

A doutora Yamaguchi teve o nome cotado para assumir o Ministério da Saúde, após a Henrique Mandetta deixar a pasta. Mas o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), optou por Nelson Teich. Poucos meses depois, foi substituído pelo atual ministro, Eduardo Pazuello.

STF

Oswaldo Eustáquio cumpria prisão domiciliar, mas ao desobedecer uma das restrições impostas, foi levado ao Complexo Penitenciário da Papuda. A prisão preventiva foi determinada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Eustáquio é investigado desde junho no inquérito que apura o financiamento e a organização de atos antidemocráticos. Durante os atos, manifestantes foram às ruas com pautas inconstitucionais, como o fechamento do Congresso e do Supremo.

O descumprimento da restrição judicial teria ocorrido ao participar de uma audiência com a ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, mesmo sem a autorização.

Ozonioterapia

No Hospital do Paranoá, Oswaldo Eustáquio segue sem previsão de alta e aguarda transferência para o Hospital de Apoio ou Sarah Kubistchek, duas referências em lesões da coluna. “O que estamos mostrando é que, até mesmo para evitar eventuais sequelas ou problemas futuros, o atendimento médico seja especializado”, reforçou o defensor.

De acordo com o TJDFT, a ozonioterapia proposta é reconhecida como prática integrativa e complementar em saúde pela Portaria 702, de 21/03/2018 do Ministério da Saúde e pode ser aplicada no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS).

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