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Com 132 mil exames feitos, DF tem testagem de Covid-19 similar à dos EUA

Pesquisa da Codeplan mostra que a capital tem 43,9 mil testados por milhão de habitantes. Nos Estados Unidos são 46,2 mil

atualizado

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Hugo Barreto/Metrópoles
Profissional de saúde colhe material para teste rápido para Covid-19
1 de 1 Profissional de saúde colhe material para teste rápido para Covid-19 - Foto: Hugo Barreto/Metrópoles

Com 132,4 mil exames de coronavírus realizados, o Distrito Federal atingiu taxa de testagem semelhante a dos Estados Unidos (EUA). Pesquisa realizada pela Companhia de Planejamento do DF (Codeplan) mostra que a capital tem 43.915 pessoas testadas a cada grupo de 1 milhão. Nos EUA, são 46.259 por milhão.

Isso significa que o DF tem estatísticas próximas da realidade vivida e do número de infectados, o que permite o desenvolvimento de políticas públicas eficazes para combater a Covid-19, além de medidas a serem tomadas que não sobrecarreguem os atendimentos nas Unidades de Terapia Intensiva (UTIs).

Embora o DF tenha ultrapassado 8 mil casos confirmados nessa quinta-feira (28/05), a base de cálculo da Codeplan foi de 6.638 contaminados com a doença e 132,415 mil testes feitos. Números ainda desta semana, quando o levantamento foi realizado.

A divulgação em primeira mão pelo Metrópoles ocorre nesta sexta-feira (29/05). A intenção também é mostrar como o DF está em relação a outras localidades, inclusive internacionais.

De acordo com o gerente de Demografia, Estatística e Geoinformação da Codeplan, Alexandre Silva dos Santos, a comparação com os EUA foi realizada porque é um país ocidental, ou seja, com comportamento similar, mais próximo ao do Brasil. Além disso, os EUA têm passado por grande testagem e tem alta taxa de infecção, da qual, no momento, o Brasil está atrás, pois o país ainda é o segundo colocado em infecção.

De acordo com o pesquisador da Codeplan, quanto mais testes, mais conhecimento se tem com relação ao vírus e sua taxa de letalidade.

“Como a Organização Mundial de Saúde (OMS) tem orientado ‘testar, testar e testar’, um bom comparativo é ver como outros países estão conduzindo, especialmente aqueles que têm algumas similaridades ao nosso”, ressaltou o pesquisador.

Para Santos, tentar mensurar toda a problemática que essa nova doença causa é a maneira de melhor conduzir seu combate no DF. “É mais uma ferramenta de gestão que, juntamente com as demais, contribuem para tentar mitigar o dano causado pelo vírus”, completou.

Atitudes baseadas em números

De acordo com o secretário-adjunto de Saúde do DF, Ricardo Tavares, os números permitem traçar a curva e a previsão do pico de casos. Também ajuda a traçar estratégias nos locais onde há maior incidência de registros.

Tem sido assim em ações como a reabertura do comércio, além da negativa para retomar atividades físicas em academias. Pelos dados e análises, ainda não seria o momento.

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Postos de testagem

A capital tem hoje 10 pontos de testagem pelo drive-thru, que vão gradualmente mudando de localização. “Iniciamos a testagem itinerante nas áreas mais vulneráveis e remotas, servidores de vários órgãos públicos, casas de acolhimento de idosos, crianças e adolescentes , moradores de rua, Papuda, entre várias outras ações”, ressaltou Tavares.

Além disso, ele observa que o DF está adquirindo mais testes e aguardando novas entregas pelo Ministério da Saúde, para continuar com as ações de testagem. “Vamos expandir também as testagens para a região do Entorno, uma vez que mais de 600 mil pessoas circulam vindo trabalhar no DF”, completou o secretário-adjunto.

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