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Chacina no DF: corpos encontrados em carro são de Elizamar e 3 filhos

A informação da Polícia Civil de Goiás foi confirmada nesta quinta (19/1). Corpos estavam no primeiro carro encontrado carbonizado

atualizado

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ArquivoPessoal
Elizamar da Silva e os três filhos, encontrados mortos carbonizados dentro de carro no DF
1 de 1 Elizamar da Silva e os três filhos, encontrados mortos carbonizados dentro de carro no DF - Foto: ArquivoPessoal

A Polícia Civil do Estado de Goiás (PCGO) confirmou, nesta quinta-feira (19/1), que os quatro corpos encontrados carbonizados dentro de um carro em Cristalina (GO) em 12 de janeiro são de Elizamar da Silva, 39 anos, e de seus três filhos: os gêmeos Rafael e Rafaela, de 6 anos, e Gabriel da Silva, 7. Eles foram os primeiros integrantes da mesma família a desaparecer e deram origem às investigações acerca da chacina. 

A confirmação veio após exames de DNA feitos pela Polícia Científica do Estado de Goiás. Agora, os laudos foram liberados e estão à disposição das investigações. Segundo nota, o material genético das vítimas foi comparado ao de outros familiares.

“O exame de DNA não diferenciou as duas crianças do sexo masculino, tendo em vista possuírem os mesmos pais. Assim, coube à Seção de Antropologia Forense e Odontologia Legal, por meio da análise do desenvolvimento dos dentes dos corpos, determinar que uma delas era mais velha que a outra. Essa informação antropológica associada ao exame de DNA, possibilitou a diferenciação das duas crianças do sexo masculino”, completa o texto.

Com a confirmação da identidade dos cadáveres, também já é possível que a família possa buscá-los para fazer o enterro.

A cabeleireira Elizamar foi a primeira a sumir com os três filhos pequenos. Na noite de quinta-feira (12), ela deixou o salão do qual era dona, na 307 Norte, com os meninos e uma funcionária.

A colaboradora pegou carona até uma parada de ônibus e, por volta das 22h, informou à patroa que havia desembarcado do transporte público. Nesse momento, a cabeleireira respondeu que chegava ao condomínio da sogra, no Itapoã.

Quarenta minutos depois, a funcionária voltou a se comunicar com a empresária, mas não obteve mais resposta.

O filho mais velho de Elizamar confirmou à polícia que a mãe passou pelo condomínio da sogra para buscar o marido e acrescentou que Thiago Gabriel se desentendeu com a companheira. Depois disso, não se teve mais notícias da mulher e dos três filhos.

Um dos executores do bárbaro crime, identificado como Horácio Carlos Ferreira Barbosa, 49, disse à PCDF, no entanto, que o plano inicial era sequestrar a mulher. Porém, quando Elizamar chegou à casa da sogra, eles mudaram de ideia ao perceberem que ela estava com os meninos. Nesse momento, os quatro foram amordaçados e levados do local. Thiago, então, teria tentado acalmar as crianças, mas, em determinado momento, a situação saiu de controle e ele acabou asfixiando os meninos e a menina.

Dois dias depois de o sumiço ter sido comunicado, a polícia encontrou dois carros em nome de duas pessoas da família. Os veículos estavam carbonizados e, ao todo, tinham seis corpos dentro.

Desdobramentos

Após localizar um sétimo corpo do sexo masculino, nesta quarta-feira (18/1), que estaria ligado à chacina, a PCDF passou a descartar o envolvimento de pai e filho no assassinato em série. Agentes ainda tentam identificar o paradeiro de quatro membros da família.

Imagem mostra integrantes de família desaparecida, com fotos de 13 pessoas, entre suspeitos e possíveis vítimas, além da relação entre eles
Organograma sobre integrantes de família desaparecidos e assassinados. Atualizado em 19/1/2023, às 12h25

Os policiais suspeitavam de que Thiago Gabriel e Marcos Antônio queriam matar Elizamar e os filhos dela, além de Renata Juliene Belchior, 52, e Gabriela Belchior de Oliveira, 25 — sogra e cunhada da cabeleireira, respectivamente. As três mulheres e as crianças chegaram a ser mantidas em cativeiro. Até o momento, a PCDF prendeu três suspeitos de envolvimento com o crime.

Depoimentos de acusados

Um dos detidos por suspeita de participar da chacina da família da cabeleireira Elizamar da Silva revelou, em depoimento, que vigiou a sogra e a cunhada dela em um cativeiro na cidade de Planaltina (DF) por duas semanas. Elas ficavam vendadas e amarradas.

O vendedor Fabrício Silva Canhedo disse à polícia, na terça-feira (17/1), que foi convidado por Gideon Batista, outro preso, para ajudar no sequestro de Renata e Gabriela.

Gideon teria falado que o chefe do plano criminoso era Marcos Antônio Lopes de Oliveira, o sogro de Elizamar. De acordo com ele, Marcos ganharia R$ 100 mil pelo sequestro, e o dinheiro seria dividido entre os participantes do esquema.

No depoimento, Fabrício disse que ficou por duas semanas cuidando de Renata e Gabriela no cativeiro. O documento não esclarece mais detalhes, mas reportagem anterior do Metrópoles mostrou que os criminosos usavam os celulares das vítimas se passando por elas e dando uma falsa aparência de que estaria tudo bem.

Outras duas mulheres, Cláudia e Ana Beatriz, teriam sido levadas até o cativeiro, de mãos amarradas e olhos vendados, segundo Fabrício. A primeira seria ex-mulher de Marcos, o sogro de Elizamar, e a segunda, filha dele com Cláudia.

 

 

 

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