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Assessores dos generais Dutra e Heleno vão à CPI do DF antes de depoimento

Segundo o presidente da CPI, visita à sessão desta quinta-feira foi para “se certificar de como as coisas funcionam” na comissão

atualizado

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Marcos Corrêa/PR
GDias Augusto Heleno
1 de 1 GDias Augusto Heleno - Foto: Marcos Corrêa/PR

Assessores dos generais Gustavo Henrique Dutra e Augusto Heleno estiveram na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Câmara Legislativa do Distrito Federal nesta quinta-feira (4/5). Segundo o presidente do colegiado, Chico Vigilante (PT), eles foram até a Casa para “se certificar de como as coisas funcionam, para o dia do depoimento deles”.

Ambos os generais foram convocados para prestar depoimento à comissão e tiveram as oitivas marcadas para este mês. Dutra deve ser ouvido no dia 18, enquanto Heleno, em 1º de junho.

Dutra chefiava o Comando Militar do Planalto (CMP) durante o atentado contra as sedes dos Três Poderes em 8/1, enquanto Heleno era ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República de Bolsonaro.

Empresário é ouvido

Os assessores chegaram antes mesmo do depoente do dia, o empresário Adauto Lucio de Mesquita. Ele é apontado como financiador de atos antidemocráticos no Distrito Federal. A CPI investiga os atentados contra o resultado das urnas e vai questionar Adauto sobre a participação dele e de outros personagens na tentativa de golpe. A sessão teve início às 10h.

Acompanhe:

Um relatório da Polícia Civil aponta que Adauto “não somente financiou atos antidemocráticos como também participou efetivamente das manifestações em favor de intervenção militar”. Dono da rede Melhor Atacadista, o empresário também doou para a campanha do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) nas eleições de 2022.

Em um dos protestos a favor de Bolsonaro e contra o resultado das urnas, ele chegou a dizer que a Polícia Militar estava “ajudando”. “Chegando aqui no nosso local de evento. Já estamos abrindo as asas. Polícia Militar nos auxiliando aqui, galera chapa quente, fechou a via preparando pro trio chegar lá. Vai arrasar! Polícia Militar ajudando a gente. É hoje!”, comemorava.

Natural de Unaí (MG), o empresário tem 55 anos, mora em Águas Claras e tem mercados espalhados por Brasília, além de propriedades rurais em Goiás. Uma denúncia obtida pela Polícia Civil aponta que Adauto teria criado um grupo de WhatsApp para arrecadar dinheiro para o aluguel de lonas aos acampados em frente ao Quartel-General, além de ser o patrocinador de vários outdoors colocados no DF durante a campanha eleitoral em apoio a Bolsonaro.

“Cita o denunciante que, quando o ministro do Tribunal Superior Eleitoral Alexandre de Moraes proibiu outdoors em favor de candidatos a eleição, Adauto e seus sócios teriam orientado a empresa de publicidade a mudar as frases citando a Copa do Mundo para disfarçar o intuito político de tal publicidade”, traz o relatório da PCDF.

A assessoria de Adauto divulgou nota afirmando que “será provado que ele não cometeu qualquer ato contra a democracia brasileira”. Veja a íntegra:

“Sobre reportagens divulgadas nos veículos de comunicação do Distrito Federal acusando Adauto Lúcio Mesquita de envolvimento com os atos golpistas praticados no dia 8 de janeiro, a defesa do empresário acredita que os fatos serão esclarecidos e que será provado que ele não cometeu qualquer ato contra a democracia brasileira. O empresário jamais financiou qualquer movimento antidemocrático. É importante ressaltar que Adauto repudia veementemente os atos praticados no dia 8 de janeiro, que culminaram na destruição dos símbolos da democracia brasileira. O empresário é contra o vandalismo e a intolerância política, e acredita que a democracia é feita com pensamentos diferentes, mas jamais com violência. Assim como grande parte da população, Adauto acredita na justiça brasileira e espera que todos os envolvidos nos atos de vandalismo de 8 de janeiro sejam exemplarmente punidos.”

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