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Dono de atacadista patrocinou atos terroristas em Brasília, diz PCDF

Empresário Adauto Lucio Mesquita é mencionado em relatório da PCDF e um dos intimados a depor em CPI da CLDF

atualizado

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1 de 1 Extremistas - Metrópoles - Foto: Metrópoles

Relatório da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) aponta que Adauto Lucio Mesquita está entre os financiadores do acampamento golpista em frente ao Quartel-General (QG) do Exército em Brasília e que o empresário participou de atos para pedir intervenção militar no país.

Adauto Lucio é um dos intimados a depor na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Atos Antidemocráticos na Câmara Legislativa (CLDF) e teve sigilos bancário, fiscal e telefônico quebrados, a pedido da PCDF.

O documento da corporação detalha que os sócios da empresa seriam patrocinadores de vários outdoors colocados no Distrito Federal em apoio ao ex-presidente da República Jair Bolsonaro (PL).

Além disso, o empresário teria criado um grupo de WhatsApp para arrecadar dinheiro para aluguel de lonas aos acampados em frente ao QG do Exército.

Segundo o apurado, Adauto Lucio e sócios forneciam, semanalmente, alimentos e água para manifestantes golpistas acampados em frente ao quartel-general local e também bancavam parte do pagamento pelos banheiros químicos instalados na Praça dos Cristais, no Setor Militar Urbano (SMU), em Brasília.

As informações revelaram que, quando o ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Alexandre de Moraes proibiu outdoors em favor de candidatos na eleição, Adalto e os sócios teriam orientado a empresa de propaganda a mudar as frases das publicidades para fazer referência à Copa do Mundo — em 2022 — e disfarçar o cunho político das mensagens.

Doações de campanha

Denúncia recebida pela corporação dá conta de que os empresários são radicais bolsonaristas e começaram a frequentar o acampamento em frente do QG do Exército em Brasília, bem como financiar a manifestação golpista no local, por meio do fornecimento de alimentos, água, banheiros químicos, tendas de lona e trio elétrico.

No relatório, consta que Adauto Lucio de Mesquita figura como dono de 21 propriedades rurais, distribuídas entre as cidades de Planaltina (GO), Niquelândia (GO) e Luziânia (GO).

Apesar de não ser filiado a partidos políticos, o empresário doou R$ 10 mil para a campanha do então candidato Jair Bolsonaro, nas eleições de 2022.

Confira trecho do relatório da PCDF:

“Existem indícios suficientes que Adauto Lucio de Mesquita tenha realmente, junto a seu sócio Juveci Xavier de Andrade, financiado as manifestações antidemocráticas que ocorreram nesta capital, a partir do dia 31 de outubro de 2022, as quais culminaram com atentados ocorridos no dia 12 de dezembro de 2022, dia da diplomação do candidato eleito Luiz Inácio da Lula da Silva; do atentado a bomba ocorrido nos arredores do Aeroporto de Brasília, no dia 24 de dezembro de 2022; e, por último, o lamentável e triste episodio ocorrido no dia 8 de janeiro de 2023, no qual milhares de manifestantes atentaram contra o Estado Democrático de Direito, contra os Poderes legalmente constituídos, invadindo e deixando um rastro de destruição nas sede dos Três Poderes da República: Congresso Nacional, Palácio do Planalto e Supremo Tribunal Federal.”

O outro lado
Por meio de nota a assessoria de imprensa de Adauto Mesquita informou que o empresário “repudia veementemente os atos praticados no dia 8 de janeiro, que culminaram na destruição dos símbolos da democracia brasileira. Os acionistas do grupo são contra o vandalismo e a intolerância política, e acreditam que a democracia é feita com pensamentos diferentes, mas jamais com violência.”

O texto diz ainda que, “sobre as acusações feitas a um dos sócios desta empresa, é importante frisar que ele foi convocado apenas como testemunha e jamais como acusado de cometer qualquer ato contra a democracia brasileira. O empresário citado na reportagem jamais financiou ou financiará qualquer movimento antidemocrático. A diretoria do grupo acredita na justiça brasileira e espera que todos os envolvidos nos atos de vandalismo ocorridos no dia de 8 de janeiro sejam exemplarmente punidos.”

 

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