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Neste ano no DF, síndrome respiratória matou 5 vezes mais do que em 2019

Até 4 de junho, a quantidade de óbitos chegou a 412. Desses, 192 não têm explicação

atualizado

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Hugo Barreto/Metrópoles
Pessoa em UTI
1 de 1 Pessoa em UTI - Foto: Hugo Barreto/Metrópoles

O número de mortes por Covid-19 no Distrito Federal, que chegou a 205 de acordo com o último boletim divulgado pela Secretaria de Saúde do DF nessa segunda-feira (08/06), pode ser ainda maior. De acordo com dados do Ministério da Saúde, os óbitos por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) dispararam em 2020 na capital do país.

Até 4 de junho, 412 brasilienses morreram por conta de problemas respiratórios – cinco vezes a mais em relação a todo o ano passado, que chegou a 82 casos. Desses, apenas 172 tiveram o diagnóstico comprovado para Covid-19. Dos 240 restantes, 27 foram por causa de outras doenças, restando 213 óbitos por SRAG ainda sem explicação.

As informações constam no banco de dados de SRAG, do Ministério da Saúde. Elas foram analisadas pelo (M)Dados, núcleo de jornalismo de dados do Metrópoles.

Em nota, a Secretaria de Saúde do DF justificou que as mortes encerradas como SRAG não especificado, ou seja, sem agente etiológico definido, não identificaram o vírus Sars-Cov-2. “O resultado, no entanto, não garante que realmente não houve infecção, porque outras questões precisam ser avaliadas, como o período e a coleta adequada da amostra”, diz a pasta.

SRAG no Brasil

Os dados de óbitos por SRAG em todo o Brasil também chamam atenção. Em 2019, até 4 de junho, o Ministério da Saúde contabilizou 209 mortes sem especificação. O número em 2020 é assustador: 16.935 falecimentos sem causa identificada.

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