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Assédio na Caixa: irmão de Michelle Bolsonaro foi intimado para depor

O escândalo no banco foi revelado em reportagens publicadas em junho pela coluna

atualizado

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Eduardo Torres, irmão de Michelle Bolsonaro, ao lado da primeira-dama e do presidente Jair Bolsonaro
1 de 1 Eduardo Torres, irmão de Michelle Bolsonaro, ao lado da primeira-dama e do presidente Jair Bolsonaro - Foto: Reprodução

Eduardo Torres, irmão de Michelle Bolsonaro, prestou depoimento na investigação aberta pelo Ministério Público Federal para apurar os casos de assédio sexual e moral contra funcionárias da Caixa Econômica Federal.

Torres trabalhou no banco como funcionário terceirizado, inclusive durante a gestão de Pedro Guimarães, que deixou o cargo no fim de junho na esteira de reportagens publicadas pela coluna.

Após ser intimado, o irmão da primeira-dama foi ao MPF acompanhado de um advogado e deu declarações que certamente serão usadas pela defesa de Guimarães. Ele afirmou não ter presenciado situações de assédio envolvendo o então presidente do banco.

No período em que Pedro Guimarães comandou a Caixa, Eduardo Torres trabalhou como fotógrafo do cerimonial da presidência da instituição e participou de dezenas de viagens oficiais.

Preocupação eleitoral

A coluna apurou que, no governo, há um esforço para evitar que o escândalo tenha novos desdobramentos no período da campanha eleitoral, de modo a conter eventuais desgastes à candidatura de Jair Bolsonaro.

Há cobranças e até certa pressão da área política para que o banco, onde há apurações internas em curso, não produza munição que possa ser explorada eleitoralmente pela oposição neste momento.

Segundo fontes próximas, Eduardo Torres foi depor consciente do potencial de desgaste da apuração para a candidatura de Bolsonaro. Filiado ao PL, mesmo partido do presidente, o próprio Torres é candidato em Brasília. Ele disputa uma vaga de deputado distrital.

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