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Tesão no ar: respiração pode entregar a excitação sexual, diz estudo

Um estudo realizado em Portugal apontou que a excitação sexual pode ser determinada a partir da respiração

atualizado

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Young couple, man kissing woman’s neck, close-up
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Dilatação das pupilas, ritmo cardíaco acelerado, maior afluência de sangue nos genitais e aquele calor que vem de dentro para fora. São muitos os indícios da excitação sexual. Apesar de ser individual como cada pessoa percebe o próprio tesão, alguns sinais podem ser identificados em comum por todos que já sentiram um desejo ardente de transar.

Pesquisas na área da sexualidade humana já identificaram inúmeras respostas corporais do tesão e as várias respostas do nosso corpo quando excitado sexualmente. Mas, a nova descoberta é que até mesmo a nossa respiração pode entregar que estamos com vontade de transar.

Cientistas internacionais e a equipe do SexLab – Laboratório de Investigação em Sexualidade Humana, na Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade do Porto, provou que a excitação também pode ser detectada na respiração.

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Tesão no ar

O estudo foi publicado na revista científica Scientific Reports, e foi demonstrado que existem moléculas muito específicas na respiração de alguém que está excitado sexualmente. 

Para a investigação,  12 homens e 12 mulheres assistiram a diferentes filmes de dez minutos no laboratório. Os conteúdos variaram de forma aleatória entre documentários sobre viagens pela natureza, filmes de terror, jogos de futebol e filmes eróticos. Enquanto isso, a excitação sexual das pessoas foi medida e, simultaneamente, os investigadores do Instituto Max Planck analisaram a respiração a nível dos compostos orgânicos voláteis.

Durante os filmes eróticos, foi registrada uma variação significativa na quantidade de vários compostos orgânicos voláteis na respiração, na concentração de dióxido de carbono e isopreno. 

Os especialistas responsáveis pela pesquisa explicam: “O fato de a concentração de dióxido de carbono e isopreno, na respiração, ter diminuído pode derivar do fato de existir mais fluxo sanguíneo nos genitais do que nos músculos e nos pulmões” aponta Nijing Wang, a primeira autora do estudo.

Outro ponto é que nos homens, foram detectadas substâncias que desempenham um importante papel na resposta de excitação sexual. Entre outros efeitos, permitem um estado mais eufórico durante o tesão. Inclusive, em um dos participantes, os investigadores conseguiram detectar dopamina no hálito, considerado o hormônio da felicidade.

A respiração te entrega

A conclusão do estudo revelou que quando os participantes estavam com tesão, expiravam menos substâncias como isopreno e dióxido de carbono, mas aumentavam a concentração de produtos de degradação de neurotransmissores específicos. 

De acordo com os investigadores envolvidos, esta descoberta pode futuramente permitir uma nova técnica de avaliação clínica da excitação sexual e ajudar a melhorar o diagnóstico das disfunções sexuais.

Confira o podcast Prazer sem tabus:

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