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Ministro da Educação se reúne com Bolsonaro e deve ser exonerado

Expectativa inicial era de que Milton Ribeiro apenas se licenciasse do MEC, mas questões jurídicas inviabilizam a licença

atualizado

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Rafaela Felicciano/Metrópoles
Milton Ribeiro, ministro da Educação, em foto com o presidente Jair Bolsonaro. Ele está de costas para o presidente, que olha para o lado, em cerimônia com no Palácio do Planalto sob fundo azul - Metrópoles
1 de 1 Milton Ribeiro, ministro da Educação, em foto com o presidente Jair Bolsonaro. Ele está de costas para o presidente, que olha para o lado, em cerimônia com no Palácio do Planalto sob fundo azul - Metrópoles - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

O ministro da Educação, Milton Ribeiro, se reúne com o presidente Jair Bolsonaro na tarde desta segunda-feira (28/3), no Palácio do Planalto, para discutir sua saída do governo.

A expectativa é que o titular do MEC seja exonerado em razão do escândalo do “gabinete paralelo” na pasta comandada por dois pastores evangélicos sem cargo oficial no governo.

Inicialmente, havia a previsão de que Ribeiro apenas se licenciasse do MEC enquanto durassem as investigações sobre o “gabinete paralelo”. Questões jurídicas, no entanto, impediram a licença.

Atual número 2 do ministério, o secretário-executivo, Victor Godoy Veiga, é o mais cotado para assumir o comando do órgão. Ele é servidor público efetivo oriundo da Controladoria-Geral da União (CGU).

A troca no comando do MEC deve ser efetivada até o fim desta semana, quando outros ministros do governo que disputarão as eleições terão de deixar seus cargos, conforme exige a legislação eleitoral.

Entenda o caso

Milton Ribeiro deixará o cargo após o jornal O Estado de S. Paulo revelar a existência de um “gabinete paralelo” no MEC tocado por dois pastores evangélicos sem cargo oficial na pasta.

Segundo a reportagem, os pastores Arilton Moura e Gilmar Santos teriam cobrado vantagens ilícitas de prefeitos para facilitar a liberação de verbas no âmbito do FNDE, fundo ligado ao MEC.

Em um áudio atribuído ao ministro revelado pela Folha de S. Paulo, Ribeiro afirmou que a intermediação por meio dos pastores atendia a um pedido de Bolsonaro. O fato foi negado pelo ministro posteriormente, em nota.

Após a revelação, a ministra do STF Cármen Lúcia autorizou abertura de inquérito para investigar o ministro da Educação no caso. A decisão atendeu a um pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR).

Paralelamente, a Polícia Federal abriu outro inquérito, mas sem incluir Ribeiro no rol de investigados. Segundo a corporação, a apuração atinge apenas pessoas sem foro privilegiado.

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