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Frente evangélica não aliviará para ministro da Educação no Senado

Parlamentares evangélicos prometem cobrar ministro sobre suposto “gabinete paralelo” no MEC envolvendo dois pastores

atualizado

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Isac Nóbrega/PR
Posse do ministro do MEC Milton Ribeiro no planalto
1 de 1 Posse do ministro do MEC Milton Ribeiro no planalto - Foto: Isac Nóbrega/PR

Embora seja evangélico, o ministro da Educação, Milton Ribeiro, não deverá contar com a “tropa de choque” da Frente Parlamentar Evangélica (FPE) em sua defesa na próxima quinta-feira (31/3), quando irá ao Senado explicar o esquema de um suposto “gabinete paralelo” dentro do MEC.

Senadores da frente prometem não aliviar para o ministro durante a sessão, que ocorrerá no âmbito da Comissão de Educação, Cultura e Esporte da Casa. “Os nossos senadores vão se posicionar pelo esclarecimento total de todos os fatos”, disse à coluna o presidente da FPE, deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ).

O tratamento que a frente dispensará ao ministro da Educação no Senado será diferente do dado pelos parlamentares evangélicos a André Mendonça em 2021, quando ele foi indicado pelo presidente Jair Bolsonaro a uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF).

Na ocasião, o ministro “terrivelmente evangélico” contou com o árduo empenho da FPE. A frente mobilizou seus parlamentares e ajudou a garantir a aprovação da indicação de Mendonça tanto na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), quanto no plenário do Senado.

O “gabinete paralelo”

Milton Ribeiro terá que explicar aos senadores sobre a revelação feita pelo jornal O Estado de S. Paulo de que o MEC priorizou prefeituras cujos pedidos de liberação de verba foram negociados por dois pastores evangélicos sem cargo oficial no ministério.

Em um áudio revelado na sequência pelo jornal Folha de S. Paulo, o ministro diz que o direcionamento por meio desses dois pastores teria sido “um pedido especial” do presidente Jair Bolsonaro. A informação foi negada por Ribeiro em uma nota à imprensa.

Dentro da própria frente evangélica, no entanto, o entendimento é que a nota emitida pelo ministro da Educação foi “insuficiente”. Os parlamentares avaliam que Ribeiro ainda precisa explicar melhor certos pontos de sua relação com os dois pastores.

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