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Produtora bolsonarista usou R$ 9 mi para impulsionar posts no Facebook

Dados da Meta apontam que a Brasil Paralelo gastou R$ 9 milhões para impulsionar anúncios que tratam de temas sociais, eleições ou política

atualizado

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Reprodução/Brasil Paralelo
Logo da produtora bolsonarista Brasil Paralelo
1 de 1 Logo da produtora bolsonarista Brasil Paralelo - Foto: Reprodução/Brasil Paralelo

A produtora bolsonarista Brasil Paralelo desembolsou R$ 9 milhões desde o dia 4 de agosto de 2020 para veicular anúncios que tratam de temas sociais, eleições ou política no Facebook. Os dados são disponibilizados pela Meta.

A Brasil Paralelo é de longe a maior anunciante no Facebook. A produtora pagou por 40.666 postagens de propaganda no período de quase dois anos.

O WhatsApp, segundo maior anunciante na rede social, gastou R$ 2,1 milhões com 31 anúncios no período. Em terceiro, o governo de Minas Gerais investiu R$ 1,1 milhão em 979 propagandas.

Durante a pandemia de Covid-19, a Brasil Paralelo foi descrita pela CPI da Covid como um canal de desinformação e disseminação de notícias falsas. O relatório final da comissão citou o site da produtora no “Núcleo de produção e disseminação” de fake news, junto de outras páginas na internet e de perfis de influenciadores, como o do extremista Allan dos Santos, foragido da Justiça brasileira.

A Brasil Paralelo gastou R$ 3,1 milhões com impulsionamento de conteúdo no Facebook só nos últimos 90 dias. O investimento feito nos últimos sete dias ultrapassa R$ 600 mil.

A produtora também é a maior anunciante no Google. Dados levantados desde 17 de novembro de 2021 mostram que a Brasil Paralelo pagou R$ 377 mil por propagandas de cunho político. O PSDB, segundo colocado no ranking, gastou R$ 216 mil no mesmo período.

A Brasil Paralelo tem dito que não investe em anúncios políticos e que não apoia partidos, candidatos e movimentos políticos de maneira formal ou informal. A empresa afirma que o Google classificou as informações de forma equivocada e que pediu a correção dos números publicados no relatório de transparência de propagandas eleitorais. Por ora, não houve alterações nos dados divulgados pela plataforma.

(Atualização às 14h41 de 1º de julho de 2022: em nota, a Brasil Paralelo afirmou que a CPI não encontrou “nenhum indício de fake news ou irregularidade”. “Fato que motivou a recente determinação de destruição de quaisquer dados da empresa junto à comissão”, seguiu o comunicado.)

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