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Podemos se aproxima de Rodrigo Garcia, e MBL cogita deixar o partido

Partido de Sergio Moro não aceitou trocar Arthur do Val por outro integrante do MBL e tenta ganhar força para negociar com Rodrigo Garcia

atualizado

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O vice-governador de São Paulo, Rodrigo Garcia, posa para foto ao lado da presidente do Podemos, Renata Abreu, em gabinete no Palácio dos Bandeirantes
1 de 1 O vice-governador de São Paulo, Rodrigo Garcia, posa para foto ao lado da presidente do Podemos, Renata Abreu, em gabinete no Palácio dos Bandeirantes - Foto: Reprodução/Facebook

A iniciativa do Podemos de colocar um expoente do partido para disputar o governo de São Paulo tem como objetivo ampliar o poder de negociação com o vice-governador Rodrigo Garcia, que concorrerá à sucessão de João Doria pelo PSDB.

Integrantes do Podemos avaliam que o partido ficou enfraquecido com a desistência de Arthur do Val e terá de se recolocar na disputa estadual para pleitear uma posição de destaque na chapa majoritária de Garcia.

A presidente do Podemos, Renata Abreu, e o ex-ministro Santos Cruz são nomes cogitados pelo Podemos para entrar na corrida pelo Palácio dos Bandeirantes. A ideia é capturar uma parcela do eleitorado de Sergio Moro em São Paulo para ter maior poder de barganha no futuro, caso o projeto estadual não adquira tração para ir ao segundo turno.

A reaproximação com Garcia vinha sendo tratada antes do vazamento dos áudios sexistas que levaram à desfiliação de Arthur do Val. Na semana passada, o deputado estadual Rodrigo Gambale acertou a ida ao Podemos, mas com a condição de que a sigla reabriria negociações com o tucano. A direção do Podemos concordou com o pedido.

A estratégia do Podemos em São Paulo deverá levar à saída precoce de todos os integrantes do MBL. O grupo, que se filiou ao partido em 26 de janeiro, sugeriu o vereador Rubinho Nunes para entrar na disputa estadual, mas a direção do partido rejeitou a proposta.

O MBL dizia ter autonomia para formar a chapa majoritária do Podemos com base num termo que foi assinado com o partido no dia da filiação. Os integrantes do grupo, no entanto, reconheceram que a carta não teria efeitos jurídicos e que se tratava de um acordo de cavalheiros. A quebra do acordo será a razão alegada para o rompimento definitivo.

A desfiliação de todos os integrantes do MBL provocará mais um desgaste para a candidatura presidencial de Sergio Moro. O grupo vinha participando da formulação de estratégias de comunicação e de articulações políticas em favor do ex-juiz.

A parceria se concretizou publicamente quando Moro entrou na mira do Tribunal de Contas da União (TCU) e fez uma live ao lado do deputado federal Kim Kataguiri para divulgar o salário que recebeu durante o período em que trabalhou para a consultoria Alvarez & Marsal.

Na quinta-feira (3/3), dia que antecedeu a divulgação dos áudios de Arthur do Val, Moro participou de um painel on-line organizado pelo banco Credit Suisse e afirmou que o apoio do MBL seria mais relevante que o dos partidos nesta eleição.

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