MEC não produziu uma linha sobre centenário de Paulo Freire
Ofendido por Bolsonaro e aliados, Freire é referência mundial e patrono da educação brasileira
atualizado
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O Ministério da Educação ignorou completamente o centenário de Paulo Freire, patrono da educação brasileira e referência mundial na pedagogia. A pasta não produziu uma linha sequer sobre uma possível homenagem, e não gastou um centavo para celebrar os cem anos que Freire completaria no último dia 19.
Não há registro algum do centenário de Freire na burocracia do ministério, que por lei é obrigado a registrar qualquer documento que seja produzido ou recebido pela pasta. Os dados foram obtidos por meio da Lei de Acesso à Informação.
O descaso com o patrono da educação não é coincidência no ministério. Freire já foi ofendido por Jair Bolsonaro e seu séquito diversas vezes. No mês anterior ao centenário do educador, o ministro Milton Ribeiro veio a público defender que a universidade fosse “para poucos”.
Um levantamento de London School of Economics apontou que Freire é o terceiro teórico mais citado em artigos na área de humanas no mundo. O pernambucano é reconhecido pelo método de alfabetização que criou para trabalhadores nos anos 1960.
