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Milton Ribeiro diz que acesso a universidade “deveria ser para poucos”

Em entrevista à TV Brasil, ministro da Educação defendeu institutos federais e abertura das escolas e criticou professores “esquerdistas”

atualizado

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Rafaela Felicciano/Metrópoles
Ministro do MEC Milton Ribeiro
1 de 1 Ministro do MEC Milton Ribeiro - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

O ministro da Educação, pastor Milton Ribeiro, defendeu que as universidades deveriam “ser para poucos”. Para ele, o principal investimento no setor deveria ser em institutos federais que disponibilizam formação técnica.

“Tem muito engenheiro ou advogado dirigindo Uber porque não consegue colocação devida. Se fosse um técnico de informática, conseguiria emprego, porque tem uma demanda muito grande”, ponderou.

As declarações do ministro foram dadas durante entrevista ao programa Sem Censura, da TV Brasil, canal estatal do governo federal, na noite de segunda-feira (9/8).

O ministro ainda deu declarações controversas sobre a Lei de Cotas, que reserva parte das vagas para determinados estudantes como negros e alunos da rede pública.

“Pelo menos nas federais, 50% das vagas são direcionadas para cotas. Mas os outros 50% são de alunos preparados, que não trabalham durante o dia e podem fazer cursinho. Considero justo, porque são os pais dos ‘filhinhos de papai’ que pagam impostos e sustentam a universidade pública. Não podem ser penalizados”, frisou.

Critica a reitores

Milton Ribeiro criticou os posicionamentos políticos de reitores de universidades federais, comumente antagonista ao governo federal.

“Respeitosamente, vejo que alguns deles optaram por visão de mundo à esquerda, socialistas. Eu falei para eles: se formos discutir essas questões, nunca vamos chegar a um acordo”, alegou.

Ele continuou. “Não pode ser esquerdista, lulista. Eu acho que reitor tem que cuidar da educação e ponto final. Respeitar quem pensa diferente. As universidades federais não podem se tornar comitê político de um partido A, de direita, e muito menos de esquerda.”

Abertura de escolas

As criticas também resvalaram nos professores da educação básica. “Infelizmente, alguns maus professores fomentam a vacinação deles, que foi conseguida. Agora [querem a imunização] das crianças. Depois, com todo o respeito, para o cachorro, para o gato. Querem vacinação de todo jeito. O assunto é: querem manter escola fechada”, protestou.

Milton Ribeiro subiu o tom e disse que se fosse somente por decisão dele, as escolas estariam em pleno funcionamento pelo país.

“Como que o professor é capaz de ficar em casa e deixar as crianças sem aula? A culpa não é do governo federal. Se pudesse, eu teria mandado abrir todas as escolas. Mas não podemos, depende das redes municipais e estaduais”, argumentou.

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